segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Estrada

Na primeira vez que fiz o caminho de Santiago encontrei uma rapariga irlandesa que caminhou ao meu lado até conseguirmos chegar ao nosso destino. As palavras trocadas em inglês, por km e km de caminhos calcorreados, associados a uma pessoa muito sensível, calma e com uma visão do mundo semelhante à minha, fizeram com que se tivesse tornado numa pessoa marcante para mim.
Nunca mais a vi e acabámos por perder contacto. O nosso caminho comum era apenas aquele, não se prolongado posteriormente.
Mesmo assim, e com vontade de voltar a falar com ela, ainda a cheguei a procurar pelos meandros da Internet onde normalmente encontramos o que queremos encontrar. Tentei procurá-la pelo último nome, McCarthy, e fiquei com a ideia que os McCarthy em inglês devem corresponder aos nossos Silva em Português ou algo do género, pela quantidade de pessoas que me apareciam com o mesmo apelido. Mas existia sempre um que sobressaía, o de Cormac MacCarthy que acabei por perceber tratar-se de um escritor. Nunca tinha ouvido falar de tal personagem e pensei que devia ser algum fulano irlandês que escrevia romances lamechas. Nunca dei muita importância ao facto.
O caso começou a mudar de figura quando posteriormente comecei a encontrar algumas obras desse escritor nas livrarias. Procurava outros livros mas, pela afinidade emocional que o apelido me trazia, acabava por sobressair em relação aos restantes. Numa dessas alturas peguei num dos livros e li o resumo, de "A Estrada". E ao lê-lo fiquei surpreendida porque achei que não deveria ser nada daquilo que tinha imaginado e que eventualmente deveria ser bastante interessante. Desde esse momento que fiquei com vontade de o ler, mas as finanças reduzidas não o têm permitido.
Mais recentemente li uma notícia onde o Stephen King nomeou o filme "A estrada", adaptado do livro do MacCarthy, como um dos filmes marcantes de 2009. Pensei "Eh lá! Se o Sthepen King faz menção a isto, deve ser uma boa onda!" o que ainda realçou ainda mais a vontade de ler o livro.


Essa vontade consolidou-se hoje quando uma colega de trabalho chegou ao gabinete e disse que tinha visto o filme e entre conversas acabou por me falar do livro (que conhecia muito antes de ver o filme) e de alguns detalhes que o mesmo continha.

Portanto agora é oficial! Quero ler este livro!

Agradece-se a quem o quiser oferecer aqui à menina!

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