segunda-feira, 30 de março de 2009

O que é mais preocupante?

Hipótese 1: ter de explicar a adultos com um grande *currículo de vida* que não se pode comer na sala de aula, que os horários são para cumprir, que o Age of Empires na melhor das hipóteses joga-se no intervalo, que quando alguém fala os outros têm de ouvir, que na sala tem que se falar português e não crioulo e que em hipótese alguma se admitem asneiras ou faltas de respeito para com os professores ou colegas.

Hipótese 2: a porta não fechar e por isso ter de a prender com um papel, não ter caixote de lixo, o quadro volta e meia cair, funcionar ao lado do ginásio e por cima da sala de música, ficar fechada na zona onde a aula funciona, e por vezes ter de esperar quase meia hora que abram a porta, o material que levo ficar na portaria para "autorização" mais que uma semana, desaparecerem cabos, tomadas, tesouras e canetas, entrarem pessoas dentro da sala a gritar em crioulo e por vezes ter presenças indesejáveis a assistir, o quadro da electricidade disparar de manhã e nem sempre existir luz.

Não conheço...

...mas adequa-se!

Descobri que quando nasci a música que estava no n.º 1 no Reino Unido se chamava "I don't like Mondays".

Ora aí está...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Estados de Espírito

Hoje sinto-me triste.
Como um dia de sol que se escapa no horizonte pronunciando a noite que aí vem.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Voos de alma

De há umas semanas para cá a minha vidou mudou, literalmente. Agarrei em caixotes, livros, gatos e na minha essência e coloquei tudo num pequeno T2 nos subúrbios de Lisboa. Mudou o nível de vida, mudaram as rotinas, as horas a que me levanto e o tempo que demoro a chegar ao trabalho. Mudaram as referências: já não tenho movimento e comércio aberto até tarde como em Lisboa, nem cultura a cada esquina, não tenho os amigos de sempre nem os conhecimentos mais recentes. E neste balanço poderá ser fácil questionar o porquê da decisão e quais as vantagens de tal mudança.
Mas são os pequenos detalhes os mais importantes. É poder ver os meus sobrinhos crescerem, mesmo que o mais novo comece a chorar porque o Homem Aranha que desenhei estava feio; é relembrar e reviver a relação próxima e íntima que tinha com a minha irmã e que se tinha enfraquecido com a distância, a idade e o ritmo de vida; a sensação de ter um espaço meu, construído por mim que indicia uma nova etapa e um novo caminho a percorrer; conseguir apreciar as coisas simples e valorizar o que tenho; é ver o Pépe e a Zara deliciados com o vento que lhes bate nos bigodes ou com o piar do pardal que tem poiso certo mesmo por cima de nós; é não ter barulho ou a poluição típica de Lisboa, conseguir ouvir grilos, galos e pássaros pela manhã; é ir à varanda e ouvir o silêncio, ver as luzes de cidades distantes e conseguir ver o céu estrelado;
É conseguir sonhar e voar mais alto. Mais além.

quarta-feira, 25 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Sou só eu...



...que os acho parecidos? Não consigo olhar para o David Luís sem me lembrar desta personagem dos Simpsons!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Redefinições

E nas primeiras semanas num novo poiso, o fim de semana foi recheado de novos locais: o castelo de Palmela, onde descobri a biblioteca da Ordem de Santiago e uma esplanada fantástica, almoço com peixe fresco e divinal em Setúbal e ontem uma caminhada pela Serra de S. Luís, com muitas gargalhadas e algumas mazelas.

Muito esperta eu....

Sou uma tótó. É oficial!

Aqui no trabalho grande parte do pessoal reclamava com a máquina do café que temos e começaram a fazer uma "petição" para comprarmos uma nova.
Sem pensar muito no assunto, quando me perguntaram disse que sim, que entrava, para contarem comigo.

Depois vieram-me pedir o dinheiro e ao contar os trocos lá percebi que se calhar a minha opção não tinha sido a mais acertada. Mais valia beber café mau mas ficar com dinheiro na carteira que já dava para comprar uma colher de pau ou algo do género lá para casa.

Ouvi no corredor dizerem "segunda-feira podem trazer as vossas pastilhas!", e eu, tal macaco num exercício de manhoso de psicologia, tive um insight e percebi que teria de comprar pastilhas para trazer.
Ou seja, quem quis a Nespresso provavelmente tem uma em casa e portanto apenas se cinge a trazer umas pastilhas que já tinha e está feito.

Eu, que nem máquina de café tenho, vou ter de descobrir onde se vendem as pastilhas, estar nas filas e gastar um dinheirão naquilo quando tinha café de borla.

Cinema de fim de semana

Na sexta-feira fui ver "Marley & Me" ao cinema. Já tinha lido o livro, daí a curiosidade em ver a adaptação ao grande ecrã. Apesar de achar que o filme ficou um pouco aquém das minhas expectativas, foi divertido e serviu para relaxar. Pior foi o fim, em que parecia uma torneira a chorar. Que ridículo! E eu, que tenho ar de má e de quem-não-chora-no-cinema não me consegui controlar. Bom, nem eu nem metade do mulherio na sala. Só ouvia fungar, ao lado, na fila de baixo, na fila de cima ("menos mau que não sou a única", pensei).
Acabei por me lembrar do Putchy, o cão que tivemos e que nos deixou há poucos anos e percorreu-me uma onda de tristeza e nostalgia, de saudades e amargura pela forma como partiu.
Cheguei a casa e abracei o Pépe, que se começou a contorcer porque é gato e gosta pouco de abraços e festas. Já a Zara ronronou.

É o degredo!

Tanta coisa gira, e afinal sou um "livro de culinária"?? Que degredo! Ao ponto a que a minha vida chegou.

Mas sim, tenho saudades do Chefe Silva e da Filipa Vacondeus. E depois? Bem giro! Às vezes vejo programas de culinária na RTP Memória e vejo o Panda Culinária (sempre à espera que o Panda pegue fogo na cozinha...).

sexta-feira, 20 de março de 2009

Freaky!

Ontem descobri numa loja dos Chineses/1.5€/ cangalhadas em geral umas travessas que diziam:

"Recordação de Moscavide"
É impressão minha ou além de cómico é estranho?

Nostalgias

* Descobrir o órgão pequenino que usava em criança e que eu adorava. Ainda funciona e vai ser "reciclado" para os sobrinhos;

* O meu certificado de habilitações, com as notas que tive em cada cadeira da licenciatura (ainda estou para descobrir como tive 18 a Epistemologia...);

* Postais e desenhos que me deram nos aniversários;

* Os livros da Disney (Donald's e afins) que idolatrava, lia e relia vezes sem conta até as folhas começarem a descolar;

* Canetas de tinta permanente que deixava de usar porque acabava a carga (também vão ser "recicladas");

* Recibos da oficina do meu antigo Ford (que carinhosamente chamava de Hidra porque a matrícula era HD);

* Cartas de recusas de estágios profissionais e propostas de emprego quando acabei o curso;

* Gomas;

quinta-feira, 19 de março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Argghhhh!!!

E eu que já sou desorganizada com as papeladas, com esta coisa da mudança de casa não sei onde enfiei recibos e contas para poder preencher e entregar o IRS.

E o Pépe partiu um copo.

Só para ajudar à festa.

terça-feira, 17 de março de 2009

Poupanças

Desde que me mudei que tenho as despesas contadas e um estilo de vida diferente e cuja adaptação não tem sido fácil. Estava habituada a estar relativamente à vontade a nível monetário e comprava o que me apetecia, nomeadamente livros, porque podia. O mesmo se passava a jantar fora, saídas, passeios, andar de carro, etc.
Agora com esta nova fase da minha vida conto trocos e vejo sites com dicas para poupar dinheiro. Uma das dicas referia que em vez de comprar livros se poderia começar a frequentar bibliotecas, por exemplo. Ainda tenho bastantes livros para ler em casa, mas a ideia parece-me interessante, os horários das ditas bibliotecas é que não...

Mas imbuída deste espírito de "preciso poupar" quando saí do trabalho *desgracei-me* logo ao entrar no Alfarrabista que existe aqui perto. Com a desculpa, para mim mesma, de que eram livros usado e, portanto, substancialmente mais baratos, decidi averiguar se tinham o "livro dos espíritos", do Kardec que não acho nos alfarrabistas e que por vezes se encontra em algumas livrarias mas em versões brasileiras duvidosas e quase sempre caras, com montantes que honestamente não me apetece gastar. A ideia seria mesmo consegui-lo a um preço reduzido ou emprestado.
À semelhança do que vem sendo habitual, não possuíam o referido livro, nem o "Triunfo dos Porcos" do Orwell que também tenho alguma curiosidade em ler. Ao invés disso encontrei "A Ordem dos Rosacruz" que me pareceu interessante e que também não costumo encontrar com frequência. Pedinchei e lá me baixaram o preço perguntando se era estudante ao que respondi que não, que já tinha sido. "Mas tem dificuldades, não tem?", perguntou-me o alfarrabista. Respondi que sim, dívidas e tal para pagar, mas ao mesmo tempo questionei-me: será que tenho ar de "gaja com contas para pagar e *mãe* de dois gatos, que conta moedas de 5 ctms"? Bom, o que interessa é que o livro me ficou em 4€ e já li metade!
Isto de andar de transportes públicos tem a sua vantagem uma vez que espero actualizar leituras no comboio. Nem tudo podia ser mau!

Viver nos subúrbios

Acabei de chegar ao trabalho, numa mistura de ansiedade, com frustração, stress e cansaço. Estava pouco habituada a cumprir horários e apanhar transportes públicos, é o que é!
Tentei mentalmente fazer contas para ver que camioneta iria apanhar até aos comboios (e que nunca passa à mesma hora) sempre com alguma margem de manobra e pensando que prefiro chegar cedo ao trabalho e sair também cedo. Apanhei uma camioneta começando já a reconhecer algumas caras que tinham feito comigo um dos percursos da semana anterior. Qual não é o meu espanto quando uns metros mais à frente a camioneta se depara com uma fila enorme de carros que simplesmente não andava. Parada no trânsito desesperava ao olhar para o relógio, eu e o resto das pessoas que tinham apanhado o autocarro comigo uma vez que demorámos cerca de 1 hora a fazer apenas alguns metros. Uns diziam que era um acidente, outros diziam que era das obras. O motivo ao certo não sei, mas acabei por me divertir (que não tem piada nenhuma...) com as pessoas que iam entrando nas paragens e começavam a discutir com o motorista: "então as camionetas não passam ao pé da junta?! Os seus colegas que foram para cima tinham que nos ter avisado! Ficávamos lá até à noite?" ou "Eles querem é o dinheiro do passe! Oh amigo, nós temos de ir trabalhar para vos poder pagar o ordenado! Somos nós que pagamos!" enquanto se ouviu logo de seguida uma voz dispersa dizer "e quem é que lhe paga a si?!". Um dos utentes que já estava na camioneta ainda se virou para as senhoras mais exaltadas e disse "não batam no motorista, ele não tem culpa!" e recebeu como resposta: "eles querem é o nosso dinheiro, já têm o dinheiro do passe já não querem saber!" ao que se seguiu a conversa anteriormente proferida.
Há muito, muito tempo que não assistia a estes discursos de povo-do-subúrbio-com-discurso-agressivo e que muito me apraz porque acabo sempre por me divertir!

Acabei por chegar ao trabalho mesmo em cima da hora limite mas ainda a tempo.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Estranho...

Muda-se de casa e começa-se a consultar estes sites...

sábado, 14 de março de 2009

Adaptações felinas


Faz hoje uma semana que os pirralhos vieram para a nova casa. A Zara que é muito assustadiça, surpreendeu-me pela positiva. Adaptou-se bem e movimenta-se como se já cá vivesse há muito tempo. O Pépe, que sempre foi o aventureiro também me surpreendeu, mas pelo lado oposto. Estranhou muito mais a casa, raspa nos armários, mia constantemente, deita coisas ao chão. Aprendeu a abrir os armários da casa de banho e o roupeiro para se esconder lá dentro. Logo no primeiro dia o Pépe escondeu-se debaixo da cama e não conseguia sair, estive de andar a levantar a cama para o menino sair... No outro dia cheguei a casa e tinha a prateleira do espelho caída e partida, com tudo espalhado. Se foram as bichezas ou a fraca qualidade da prateleira, é um mistério da humanidade. Já quanto aos cotonetes roídos e espalhados por todas as divisões as bichezas não têm alibi...
Mas aos poucos a adaptação lá vai andando e a Zara tem ajudado o Pépe a integrar-se através de brincadeiras e correrias.
Ambos descobriram as belezas das janelas onde pululam pássaros, e o Pépe a varanda onde sente o vento nos bigodes cada vez que me acompanha até lá. Já a Zara aprecia a cama muito maior e mais larga, que mesmo assim não a impede de discreta e sabiamente me ir empurrando enquando ronrona. No outro dia acordei no outro lado da cama e com a cabeça fora da almofada enquanto ela dormia tranquilamente toda esticada.

Aguardam-se novos desenvolvimentos e estragos!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Piada farsola

O treinador do Barcelona é o Pépe Guardiola e lá em casa tenho o Pépe Mariola!!



Grande jogador de "dado", ratinhos saltitantes e saltos ninjas.

Após um dia na casa nova aprendeu a abrir os armários da casa de banho, o roupeiro e está quase a conseguir abrir os armários da cozinha também.

terça-feira, 10 de março de 2009

Transportes Públicos

Depois de anos a ir a pé para o trabalho hoje vim, pela primeira vez em muitos anos, de transportes. Consequências da mudança. Já não estava habituada a acordar mais cedo, a olhar constantemente para o relógio por causa dos horários que tenho que cumprir porque como diz a minha mãe na sua sabedoria infinita de senso comum "nós esperamos pelos transportes, mas os transportes não esperam por nós!". E sendo assim algo novo para mim. Filas na paragem, pessoas estranhas sentadas nos bancos à minha frente. Acompanharam-me dois adolescentes e um senhor com pinta de louco que falava altissimo ao telemóvel sobre o Magalhães e sobre programas escolares. Quando desligou o cenário piorou porque começou a falar e a rir sozinho, para num esgar rápido como um ninja sacar um livro da mala intitulado "o livro das respostas". E não se limitou a abrir o livro e a ficar com as conclusões do que lia. Não... Ia lendo alto as respostas enquanto desfolhava com fervor o livro e pensava alto. Foi assustador.
Depois desse episódio a rotina do comboio, com magotes de pessoas a correrem e a gritarem "segurem as portas!!" enquanto eu feita parva tentava perceber se o comboio tinha como destino Lisboa. Durante a viagem fui observando as pessoas, quase todas com saquinhos com *marmita*, quase todas atrasadas e ensonadas.
E senti a falta de um livro.
Mas vi a claridade do dia a nascer por detrás das serras.
E o rio, logo de manhã, na sua tranquilidade inata.
E esqueci-me de trazer o lixo para o caixote...oops!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Desgraças Musicais

Pior que ouvir o André das Sardas na rádio é ouvir a minha irmã e o meu cunhado a cantá-lo em evrsão Karaoke!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Contagem decrescente

Cada vez mais se aproxima a data "oficial" para a mudança. Se tudo correr de acordo com o previsto, este fim-de-semana já empacoto os gatos e depois de um mais que certo concerto de ópera protagonizado pelo Pépe durante a viagem de carro, solto as feras na *mansão*.
Confesso que estou preocupada: será que eles se vão adaptar? Será que vão ficar bem quando não estiver? Eu sei que isto pode parecer meio cafona, mas não consigo deixar de pensar e me preocupar com isto. Vai ser uma mudança grande para eles. E para mim. Só vivi numa única casa e é lá que estão todas as minhas referências. De repente irei para um lugar longe de Lisboa e dos amigos. É certo que fico mais perto da minha irmã, sobrinhos e pais que têm sido uma ajuda preciosa, mas a sensação de estar longe do local onde fiz toda a minha vida é estranha. As rotinas vão ter de ser alteradas, os pontos de referência também. E é como se existisse uma nova existência neste périplo de emoções, onde me tento redefinir sem saber muito bem como. Tudo é novo, tudo é estranho e assustador.
Crescer mete medo.
E depois estou enjoadissima de carregar caixotes e sacos pelas escadas abaixo e pelas escadas acima. Ainda falta imensa coisa para levar, espaços para redefinir, estratégias de arrumação para desencantar, objectos para comprar.
E as dúvidas! Como arrumo o escritório? Com a mesa junto à parede? Ou afastada? Em que parede fica a estante? E o cadeirão? E compro plantas? Mas depois os gatos comem as plantas....

Enfim, mudar de casa é um mundo!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Plantas precisam-se!

Descobri no freshome.com esta referência às plantas. Tendo em conta o stress que tenho tido, acho que vou arranjar umas plantinhas!

"Plants (...) have been proven to reduce stress so well that one glance at a plant lowers your heart rate. They also help clean the air we breathe by absorbing toxins and acting as little oxygen factories. Plants simply make us feel better.
By easing mental fatigue and improving air quality plants manage to find themselves an indispensable part of your home life. Not convinced yet? Studies show that:
1. In addition to calming your heart rate, plants lower blood pressure and reduce muscle tension related to stress
2. Plants help us relax and focus, leading to increased productivity,creativity, idea generation, and problem solving capabilities. In fact, the presence of plants helps so much that it has been shown to relieve the symptoms experienced by children with ADD.
3. Plants help patients recovering from surgery and ease the symptoms of Alzheimer’s.
I guess we’re finally learning what our ancestors have known for centuries, plants are more than just ornaments. At some level, we are deeply connected to them. So much so, that simply cohabitating with them brings us health and repose."

Filmecos

Há algum tempo atrás procurei na FNAC, entre outras lojas da especialidade, por um filme que gostava de rever, o Ghost-Espírito do Amor, um clássico dos anos 90. Disseram-me na altura que não havia, só mandando vir de fora e que demoraria muito tempo e ficaria muito caro e isto e aquilo. Qual não é o meu espanto quando ontem, ao passar na mesma loja vejo o dito filme em promoção.

A minha vontade de rever o filme nem é tanto pela história subjacente, mas sim pela Whoopy Goldberg, que acho uma actriz cómica fantástica apesar de ser muito subaproveitada.