quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Passagem de quê?

Destesto esta altura do ano, em que todo o mundo (literalmente) se prepara para a passagem de ano. Que é isso da "Passagem de ano", além dos digítos que mudam?
Sinceramente acho aborrecido. Toda a gente com o champagne e passas, festas completamente loucas regadas a álcool para no dia seguinte se estar com uma ressaca descomunal. Parece uma festa de adolescentes ansiosos com a primeirda saída à noite.
É tudo mais caro, existe o ritual (para alguns) da roupa nova e chique cheia de brilhantes e purpurinas que se usam apenas naquele dia, conduzir é sempre uma loucura e normalmente o tempo está merdoso.
Normalmente definem-se objectivos para o "ano seguinte" como fazer dieta, para compensar dos abusos das épocas festivas, objectivo esse que uma semana depois já foi abandonado e deu lugar a uma rica soneca no sofá.

Não se percebe...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mulheres reais

Ontem, em mais um dos meus momentos culturais fantásticos (que é o mesmo que dizer "esparramada no sofá a fazer zaping") parei no MTV, onde estavam a mostrar um ranking qualquer sobre personalidades de 2009. E falaram nos "The Gossip", uma banda americana indie de quem já tinha ouvido no rádio uma música, mas não sabia mais nada. Ontem fiquei a saber que a vocalista foi considerada personalidade do ano por uma revista, estava no tal ranking do MTV, foi considerada a mulher mais sexy e até já tinha pousado nua. Poder-se-ia pensar que a notícia não acarreta nada de especial, até vermos a vocalista que, com uns bons quilos a mais, emana uma energia e sensualidade fantásticas, demonstrando que se sente muito bem com o seu corpo e consigo própria. E toda essa confiança atrai, tornando-se assim bem mais interessante que a quantidade de modelos esqueléticas que por aí deambulam.
Gostava de ter toda esta confiança e aceitação para comigo própria.
Falta-me crescer talvez...

Entretanto fiquei com vontade de conhecer mais da banda.
Aqui fica um vídeo!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sugestões de presentes...


É esperar que passe...

Esta altura - pós Natal e pré Ano Novo - causa-me indisposição. Por um lado está tudo de férias, os transportes vão mais vazios e o trabalho anda mais calmo, o que é bom. Mas pelo outro está-se no limbo de épocas festivas, onde não se faz nada nem deixa de se fazer.

Quando ainda se está enjoado da quantidade de comida que se ingeriu no Natal, vem aí mais doses enfarta brutos e de andar à pancadaria no supermercado pelas últimas caixas de gambas, as últimas garrafas de champagne, os bolos reios, lampreias e afins.

É altura de balanços e de nostalgias pelo ano que passou. E também de engedrar planos futuros que apenas se cumprem nas primeiras semanas do novo ano e depois caem em *saco roto*.

E depois existem sempre as más recordações de anos transactos, latentes e irritantes...

Não gosto disto!

Borrascas

Nunca percebi muito bem o fascínio da palavra "Borrasca". Faz-me lembrar "borrado" ou "borracha" ou talvez uma mistura dos dois e acho que eleva o factor Temporal para uma dimensão pequena e parva.

O que não é pequeno e parvo são as noites de temporal que me andam a tirar do sério! Fico sempre num estado de ansiedade e nervosismo e começo a imaginar coisas parvas, como os estores serem arrancados pelo vento e cairem em cima de algum carro. Ou se calhar não são pensamentos assim tão parvos tendo em conta que na zona Oeste até postes de electricidade cairam. Sim, agora há mais essa! Como vi na tv postes de alta tensão caídos, começo logo a imaginar que o que está ao pé de minha casa vai cair, como numa espécie de filme de ficção científica, para cima do meu prédio.

Há quem tenha medo do escuro. Bom, eu tenho medo do escuro e de temporais.
Not funny...

Prendinhas

Tanta expectativa com o Natal, e afinal passou num ápice. Mais uma vez a correria para comprar as prendas, depois o stress de as embrulhar e as entregar para em 5 minutos se rasgar todo o trabalho que demorou semanas a preparar.
Independentemente disso existe sempre um ritual no Natal que me fascina, associado à união da família, um sentimento qualquer que não sei bem explicar e que se reflecte nos risos e conversas, no cheiro a lareiras ou a doces típicos acabados de fazer, na tradição e rotinas (que me fazem sentir segura e estável), e até nas prendas que por mais simples que sejam demonstram que quem as oferece me conhece e me é íntimo. Bem, ou pelo menos algumas...
E este ano o saldo traduziu-se num leitor de dvd, objectos para a casa (entre pratos, fondues, tigelas e objectos decorativos), lençóis (de feira pois claro, mas bem quentinhos), uma almofada para a banheira (agora é que vai ser!), gel de banho, um despertador e livros, de onde se destacam esses dois aí em baixo: "O Homem Pintado" e "O gato do Simon".




Já andava a *namorar* ambos os livros há bastante tempo, mas em época de crise existem outras prioridades, pelo que receber livros ganhou uma dimensão completamente diferente.
"O Gato do Simon" li-o de rajada logo na madrugada de dia 25. Eram 3:00 e estava eu deitada a rir às gargalhadas com os desenhos tão fiéis ao comportamento felino, enquanto o Pépe e a Zara me olhavam com ar ensonado.
Fiquei foi surpreendida por só ter recebido uma caixa de chocolates, e nem foram Ferrero Rocher, o que invalida a ideia da Lei de Murphy! E logo este ano que estava a torcer para receber uns porque já não comia há muito tempo e dá sempre jeito ter em casa para as visitas...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conselhos

"Aproxima as coisas para o que queres. Prepara tudo, como preparas o caminho: as botas macias, porque poderão magoar menos, o estojo de primeiro socorros porque podes precisar de algo, e por aí fora..."

Feliz Natal!



~

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Futebol Americano

Ontem enquanto esperava companhia para jantar decidi fazer Zapping pelos vários canais de televisão e acabei por parar num de desporto que exibia um jogo de futebol americano. Por pura curiosidade decidi reter-me um pouco ali e constatei que não percebia rigorosamente nada das regras, apesar de existirem comentadores portugueses que iam tentando dar umas dicas. Basicamente o jogo consistia em andarem todos no chão à porrada (talvez não por esta ordem....) O desgraçado que tinha a bola nem conseguia ficar com ela 2 segundos porque imediatamente um molho de jogadores - da mesma equipa e da equipa adversária - lhe saltavam para cima como se ele fosse uma almofada. Este deporto devia ser muito bom para mim, que basta me darem um toque e fico cheia de nódoas negras... ainda por cima estar com a bola e ver uma carrada de gente musculada a correr na minha direcção... acho que atirava logo aquilo para um lado qualquer.
No fundo é como se a bola fosse a fava do bolo rei: a quem calha está tramado!

Independentemente disso o fanatismo americano pelo jogo leva a que exista uma certa atractividade na modalidade, embelezada pelo factor comercial e pelas imagens fantásticas. Os comentadores referiam quantias astronómicas que, para nós, soam a qualquer coisa de impensável, ou estádios cujas fachadas compostas de vidro mudam de cor consoante a equipa que lá jogue.
Tal como na NBA (basket), existe uma certa espectacularidade que torna tudo mais atraente e vibrante.
E pronto, os New York Giants (os de azul na foto em cima) esmagaram os RedSkins.
Não me perguntem é por quanto, nem como eram atribuídos os pontos...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Presentes originais

Ontem acabei de embrulhar as prendas de Natal, esse fadário que acaba sempre por ter uma *festa* paralela, ou seja, o Pépe e a Zara a enfiarem-se dentro de sacos, fugirem com papel de embrulho e tentarem apanhar a fita cola. Qualquer dia por engano embrulho um gato!
Quando começo a ficar irritada vingo-me e colo as etiquetas autocolantes com o preço na cabeça do Pépe.

E digo-lhe baixinho que o vou vender em preço de saldo...

Detesto...

...sites que não funcionam e me bloqueiam o computador todo!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Olé Olé!

E numa fase em que o Sporting continua a fazer jogos péssimos, o que me vale é o Sesimbra!

E pelo que percebi das notícias que achei num site, o Sesimbra ganhou por 1-0 ao Olímpico do Montijo, estando agora em primeiro lugar da I Divisão da distrital.

O próximo jogo será em casa, a 3 de Janeiro, contra o Vasco da Gama de Sines.

Vamos lá Sesimbra!

Adopções

É com profunda tristeza, que passados alguns anos, acedo à base de dados da União Zoófila e percebo que a Sasha e a Pandora (cadelas a quem estou emocionalmente ligada) continuam por adoptar...

Pandora


Sasha

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Onde estavas tu?

E a primeira vez que me recordo de ter sentido um sismo, acordo estrabunhada com o barulho e penso meio a dormir "xi, que ventania que aqui está. Até o roupeiro está a abanar...zzz.. ah, se calhar é um tremor de terra! Hi! zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.....". E adormeço profundamente. De manhã acordei com uma sensação estranha mas não me lembrava de nada. Só quando comecei a ver notícias e as pessoas a falar é que lembrei que efectivamente tinha sentido o sismo.

Depois pensei o quão ridículo foi o meu pensamento... Ventania no quarto?? Era preciso ser um vendaval e as paredes terem voado, não? Que estupidez... Mesmo assim deu para sentir a sensação de estranheza, e apesar de meia a dormir recordo-me de ter ficado angustiada e aflita. Ok, não tão aflita que me desse para acordar e começar aos gritos, mas pronto... é o que se arranja.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vivendo a "Liga dos Últimos"

Gosto de futebol. Assumo que gosto de futebol embora não seja muito de ver jogos ao vivo até porque os preços não são muito convidativos. Quando era mais pequena lá ia ao estádio com o meu pai, apesar de que o que eu gostava mesmo era das sandes de queijo e do Sumol que ele comprava. Mas à medida que fui crescendo fui ganhando gosto e tornei-me adepta de futebol. Conhecia jogadores nacionais e estrangeiros, técnicos, tácticas e vibrava com toda aquela dinâmica!
Talvez como a maior parte das pessoas, acabei por me ligar a um "clube grande", da primeira divisão, com reputação e fama, nunca tendo ligado ao futebol de bairro ou vila que se fazia pelo país. Nunca conheci clubes de divisões inferiores e fazia-me confusão perceber como sobreviviam os pequenos clubes e que interesse haveria em assistir a jogos maus em estádios sem condições onde muito pouca gente assistia nas bancadas.

Há uns anos atrás comecei a ouvir um amigo falar com orgulho do seu clube de coração, um clube que não era o Benfica, Sporting, Porto ou algo do género. Era um clube mais pequeno, do qual apenas ouvia falar muito esporadicamente em sorteios da Taça, o Olivais e Moscavide.
Comecei a ouvir os relatos emocionados e vibrantes das vitórias e derrotas daquele clube, que nem sequer aparecia na comunicação social, e percebi que existia ali algo que me escapava... E a verdade é que comecei a achar piada áquela ligação afectiva, muito mais genuína e vibrante.
Entretanto nos zappings habituais que se faz pelos canais de televisão, fui começando a assitir à "Liga dos últimos", programa onde se dá a conhecer a vivência de clubes pequenos, sobretudo locais e regionais. E assistia à emoção dos adeptos, aos relatos de roupeiros, técnicos, presidentes e pessoal que vive o futebol com paixão mas faz dele uma carolice e não um negócio. E depois existe uma ligação afectiva mais próxima, afinal é o "clube da terra", cujas notícias e novidades aparecem expostas num papel colado numa parede da tasca mais próxima ou são debatidos entre um copo de tinto. Isso não existe nos grandes clubes...

Com a minha recente mudança de casa percebi melhor esse sentimento tão presente nos relatos a que assistia do meu amigo e na televisão, pois senti necessidade de me sentir mais próxima e integrada no local que habito. Era como se assim me sentisse mais enraiazada e com uma maior ligação afectiva ao local. Era como se me redefinisse...

E sem saber muito bem como dei por mim todas as semanas procurar os resultados do "Grupo Desportivo de Sesimbra", que se encontra actualmente no 2º lugar de uma divisão que eu nem sei qual é...

A próxima etapa será assistir a um jogo ao vivo.

Como será?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

E na falta de botija de água quente...

...arranja-se dois gatos enrolados em nós.

Vai dar ao mesmo e não temos trabalho a aquecer!

Ice ice baby

Hoje de manhãzinha quando cheguei ao carro encontrei-o todo branco, com uma camada de gelo em cima.
Sou uma gaja da cidade, não estou habituada a descongelar carros logo pela manhã.
Foi muito divertido... senti-me a Heidi do séc XXI nas montanhas ao som da música Ice Ice baby (essa pérola dos anos 80)...

Huata!!!

Os últimos tempos têm sido pródigos em cinema caseiro, até porque o frio que está convida a estar enrolada no sofá.
Fica aqui uma sugestão diferente, o Battle Royale, que divaga entre a paródia e a imagem sempre divertida de filmes asiáticos, com uma mensagem bem mais sublime e assustadora.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Questões parvas

Será que devemos dar, mesmo sem receber?

E já agora, como se saltam muralhas se não somos propriamente grandes desportistas? Desistimos?

Pessoas irritantes

Se alguém quiser tirar ideias para irritar alguém:



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Estou irritada

Porque é que não consigo entrar no Farmville e a minha colega de gabinete passa o dia inteiro lá?

Quero ir à minha horta!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Despesas Natalícias

Todos os anos digo a mim própria que tenho de gastar menos nas compras de Natal. Com a crise instalada e com o aumento de gastos que tive, esta situação seria prioritária este ano, mas a verdade é que contas feitas e as despesas são enormes na mesma.

Preciso de comprar um cadeado para a carteira...

Papillon

O fim de semana prolongado passou-se com muita chuva, compras de Natal, jantares e ainda com tempo para ver um clássico do cinema, o Papillon.
Vi este filme quando era pequena, mas as únicas imagens que recordava era do protagonista principal estar numa cela de isolamento cheia de baratas. Tanto tempo depois tive oportunidade de recordar o filme que, apesar de longo, é muito bom e intenso.
E faz pensar em questões como a condição humana, a ausência de liberdade ou respeito por outros seres humanos, questões éticas, etc.


E lá estavam as imagens nojentas que recordava dos tempos de criança bem presentes. Ele não só convivia com baratas, como as comia... bleck

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Amigo Oculto

Aqui no trabalho andam a sortear o "Amigo Oculto" para dar prendinha na altura das festividades natalícias.
Perguntaram-me se queria entrar mas recusei. Já participei nesta actividade algumas vezes no passado e não foi uma experiência que me apeteça repetir.
A verdade é que nas alturas em que entrei na brincadeira calhavam-se sempre pessoas distantes ou por quem não nutria especial afeição. E depois é sempre o dilema do que se vai dar à pessoa cujo nome nos saiu num papelinho com letras meio desbotadas, que mal conhecemos e honestamente não queremos conhecer assim tão bem...

Tendo em conta que no local onde trabalho não existe propriamente um clima própero e de amizade, existindo mesmo algumas pessoas que não se falam, vou gostar de ver como irão fazer se calhar alguém que detestam.

Será que essas pessoas levam brinde?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Não há pachorra...

...começaram as músicas piegas de Natal no rádio!


FUJAM!

Os meninos à volta da fogueira...

Na segunda-feira houve uma nova experiência para os gatos lá em casa: lareira acesa!
O tempo chuvoso e frio convidava a um lume morno para aquecer os ânimos. Confesso que tive algumas reticências, pois a experiência que tinha do ano passado, nos primeiros tempos lá em casa, não tinha corrido muito bem. Mas achei que deveria tentar novamente, podia ser que desta vez corresse melhor. Comecei por ir buscar a lenha à arrecadação e mal pousei os caixotes no corredor para poder fechar a porta já tinha gatos a pulular nos troncos e a atirar ramos e pinhas cá para fora. "Isto vai correr bem", pensei.
Enquanto preparava a lareira o Pépe e a Zara estavam intrigadíssimos, afinal para eles todo aquele ritual era uma novidade. O lume lá foi acendendo, mais ou menos torto, e para não variar começou a ficar uma fumarada desgraçada pela casa. Nesta altura já os gatos se tinham pirado e eu começado a desesperar por não saber acender uma simples lareira.
É que nos filmes estas situações nunca acontencem! Nunca se vê o Brad Pitt a queimar-se no lume ou a Angelina Jolie a mandar vir porque a casa está cheia de fumo.
Lá continuei com fé de que a lareira iria resultar e culminar com um belo jantar, embora estivesse com ar de quem se iria apagar nos próximos minutos. Mas a verdade é que passado pouco tempo, e com alguma ajuda à mistura, a lareira lá acabou por pegar bem o que proporcionou uma noite fantástica no sofá a ver pequenos pedaços de madeira e casca de árvore a crepitar num fogo quente e agradável. Nesta altura já estava a Zara e o Pépe a idolatrarem a lareira, confortávelmente sentados nas mantas e também eles hipnotizados pelo fogo.
E não houve quem os tirasse de lá!
Ou seja, lareira acessa em dias de chuva e frio ganhou mais dois adeptos: as gatarias!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Incongruências vampirescas


Ontem fui ver o novo blockbuster, o "Lua Nova", na companhia da sobrinha pré-adolescente. A sala estava repleta de adolescentes com as hormonas aos saltos que guinchavam cada vez que aparecia uma personagem sem t-shirt... Enfim...Já não tenho idade para isto nem para sessões de cinema a meio da tarde.
Tinha visto o Crepúsculo, o primeiro da saga, há pouco tempo e honestamente nem tinha achado nada de extraordinário. Achei que não existiam grandes novidades na temática vampiresca e estava repleto de adolescentes. Não percebo esta nova onda que se gerou à volta dos vampiros, quando durante anos tínhamos obras fantásticas como o "Drácula", do Bram Stoker, ou a "Entrevista com o Vampiro" de Anne Rice, e não se via ninguém a lê-los nem os filmes tinham este êxito tremendo. A entrevista com o vampiro até tinha o Brad Pitt e o Tom Cruise e apesar de ter feito sucesso não me recordo de ver pessoas a ler o livro e respectivas sequelas.
Talvez seja exactamente o factor "adolescência" ou talvez por os vampiros aparecerem como seres extraordinários e não como uma espécie de sanguessugas-devoradoras de sangue.
É que até a vertente romântica que estes novos filmes apresentam está presente, por exemplo, no Drácula que eu acho extremamente romântico!
Independentemente de todas estas divergências e confusões cinematográficas na minha cabeça, posso dizer que apreciei o filme. Os cenários, os diálogos da protagonista principal, o carisma à volta das personagens...
E para minha vergonha (shame on me!) até reconheço que fiquei com vontade de ler os livros!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Remember

Every little piece of your life
Will mean something to someone
Editors - The Weight of the world

Vamos lá ver se nos entendemos...

O Flash Gordon é um herói de ficção científica criado em 1934 pelo Alex Raymond, que viaja na companhia de dois amigos para o planeta Mongo e combatem o tirano Ming.


Já o Flash é um super-herói, criado por Gardner Foz e Harry Lampert, em 1940, que possui a habilidade de correr e mover-se a uma "super velocidade"

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Brincadeiras felinas

Nova diversão lá de casa:

* roer transformadores de computadores portáteis;
* abrir todas as gavetas e portas de armários;

CULPADO!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

IKEA para ti também!

A sexta feira foi passada por entre móveis e estantes, viagens de carro e percas de paciência. Há um tempo atrás decidi que estava na hora de tentar rechear um pouco mais a casa, deixando-a confortável, acolhedora e aprazível. Afinal é o meu cantinho, há tanto tempo ambicionado! Mas claro que tudo isto implica dinheiro (inexistente) e como tal, ginástica financeira.
Depois da chegada no início do mês de um móvel para a sala, e de ter feito algumas reformulações pela casa, estava na altura da compra de uma estante no IKEA (substancialmente mais baratas) onde podesse colocar as coisas que andam para lá espalhadas pelo chão. Já tinha visto a estante e já tinha falado com papai para me ajudar nessa tarefa fantástica que é carregar móveis e montá-los. Apesar de gostar do conceito e dos produtos do IKEA nunca tinha comprado móveis nem nada do género, apenas pequenas peças e utilitários, pelo que na sexta-feira empreendi uma nova etapa na minha vida.

Lá fomos ao IKEA, lá trouxemos a estante empacotada em dois caixotes de cartão e prosseguimos viagem até casa. Decidimos entretanto almoçar para depois começarmos com a montagem do malfadado móvel, pelo que quando começámos já as horas iam avançadas.
Depois de termos carregado com os caixotes até ao 3º andar (que não existe elevador)começámos com o entusiasmo inicial, de quem recebe um móvel novo, desempacotando tudo com cuidado, vendo as instruções e tendo o cuidado de deixar os gatos lá fora. Quando foi necessário abrir a segunda caixa para retirar peças que nos faltavamos deparámos com uma surpresa fantástica: o pacote tinha vindo errado! Tinham-nos entregues dois caixotes com as mesmas peças. Tivemos de voltar a empacotar tudo e regressar ao IKEA para fazer a troca. Toca de descer outra vez as escadas com os caixotes para irmos a correr para a loja. A troca foi relativamente rápida, mas o caixote - agora certo - era substancialmente mais pesado, pelo que foi um mimo voltar a subir 3 lances de escadas a fazer de estivadora.
Lá recomeçámos a montagem do móvel e senti que estava a montar um lego com instruções, o que não deixa de ser estranho. Mas aquilo é muito engraçado de montar numa fase inicial. Passado uma hora já estávamos os 2 saturados e ainda por cima tínhamos chegado a uma parte mais complicada que nenhum percebia como se montava. Era como se fosse um lego com upgrade ou algo do género... Era eu e papai a discutir que a peça encaixava ali e não no outro sítio e era o Pépe a chorar lá fora porque queria entrar na sala para cuscar o que estava a acontecer.
Já estava prestes a ter um esgotamento e enfiar com a marreta em algum lado quando decidi deixar entrar o Pépe para passado 2 segundos me andar a roer fita-cola e andar a espalhar as buchas e os parafusos.
Ao fim de várias horas lá estava a estante montada, o pai mais saturado que tudo, o Pépe a fugir com bocados de cartão e eu atrasada para vir para Lisboa para vir ter com amigos.

Recordo-me de há uns meses atrás ter ido a uma formação e o formador ter referido que enquanto pai de um estudante de faculdade tinha desenvolvido diversas competências, nomeadamente montar móveis do IKEA.
E também me lembro sempre do artigo do Ricardo Araújo Pereira sobre o IKEA e carregar os móveis modelo BESTA. lol

E não é que é verdade? Eu e papai já temos um certificado de competências adquiridas e papai ainda ganhou uma medalha de mérito pela paciência!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Espelhos de alma

Movo-me em espelhos de água, onde o reflexo brilhante me devolve uma imagem que não quero ver, não quero sentir, não quero viver.

Grito mas não me ouves, sou invisível para ti.

As lágrimas translúcidas enchem o vazio da tua ausência, gota a gota, calmamente.

Vagarosamente...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Trilhos

O peso do pó da estrada recai nos meus ombros,
Vidas passadas à procura de uma alma fragmentada
Que me diga que não preciso de correr mais.
Mas quando o corpo se queda de cansaço,
E pensamos que não é necessário continuarmos a trilhar caminhos de fé
O vento do norte estende-se ao longo da pradaria
E assobia de mansinho “o teu caminho não terminou, o teu caminho está agora a começar”.
É tempo de nos despedirmos das pedras e das árvores,
Dos sorrisos cúmplices e dos corpos quentes que connosco habitaram memórias
É tempo de agarrar na coragem que não sabíamos possuir
E sacudir o pó.
A estrada espera por nós
A vida aguarda-te.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Simon's Cat Fly Guy

Muralhas

Nos últimos tempos tendo vindo a sentir coisas diferentes, de forma diferente.
Consigo colocar novamente a capa de frieza e distanciamento que me caracterizam, embora na privacidade as coisas não sejam assim.
Sinto-me sozinha, terrivelmente sozinha.
Sinto que niguém consegue ou quer chegar até mim.

Estou a andar num sentido diferente do resto das pessoas, a afastar-me da multidão que me olha com indiferença, como se nem estivesse lá, como se fosse invisível.

Até quando?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Boring!!

Hoje estava capaz de rifar o meu trabalho...

Ai que vontade de férias!!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Futeboladas

Quando era mais nova (há milhares de anos atrás) jogava com bastante frequência computador. Um dos jogos onde me perdia horas a fio era um de estratégia de futebol. Tinha de escolher a equipa, gerir receitas, comprar jogadores e até escolher marcas publicitárias para angariar fundos. E gostava dessa lógica de começar com uma equipa pequena em escalões inferiores para chegar à liga dos campões e afins.
Tal como no civilization adoptava estratégias estranhas, do género de manter a equipa inicial durante anos, mesmo quando os jogadores já tinham 30 e muitos anos, raramente adquiria novas aquisições e o plantel era muito curto. Ou seja, todos os indicadores para o insucesso, mas que sem saber muito bem como, lá resultavam de maneira estrondosa. Já não me recordo, mas acho que o jogo se chamava Championship Manager.

Actualmente dedico-me a um jogo semelhante, o Football Manager 2009, e tal como era criança escolhi uma equipa pequena. Tentei achar uma com a qual tivesse mais afinidade e por isso procurei o que existia mais perto do local onde resido. E o mais perto, ainda longe, foi o Pinhalnovense. Ninguém escolhe o Pinhalnovense, eu sei...
Achei delicioso poder ser uma treinadora feminina e me terem perguntado no inicio se isso iria perturbar o balneário. Hihihi
Estou na segunda época e tenho como objectivo subir de divisão. Já percebi que o jogo não me corre tão bem como quando era mais nova, uma vez que me farto de perder jogos e ando sempre com as contas mais para o negativo do que positivo.
Bom, vamos lá ver como corre...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Gosto Muito

Estava aqui no trabalho a ver uns documentos e deparei com um conjunto de frases intitulado "Gosto Muito". Interiormente aceitei o desafio e escolhi em silêncio algumas frases.

Gosto muito:
* da lua cheia;
* de abraços demorados
* das janelas todas abertas sobre o rio e a cidade
* da cor do fogo
* do sol da manhã e da luz do dia
* de coincidências, surpresas e milagres
* de ver pessoas felizes
* de olhos que riem
* da voz dos que amo
* de estar calada
* de certas rotinas
* da intimidade
* de templos e lugares sagrados
* da verdade e da cumplicidade
* da cor púrpura do entardecer
* de ir mais longe com alguém
* de histórias de pessoas
* de ficar em casa, embalada nos barulhos da casa
* de amar e ser amada
* do amor dos amigos também
* de estar com eles na praia até ser noite

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sands of Time

Normalmente as adaptações de video jogos ao cinema não são bem conseguidas. Talvez uma das poucas excepções seja o "Tomb Raider" que teve algum sucesso talvez por causa do protagonismo da actriz escolhida para fazer de Lara Croft.

Mas agora existe uma adaptação que promete ser um sucesso além de pretender destronar o fenómeno de aventuras do "Piratas das Caraíbas"que tem surgido nos últimos anos.

A Disney adaptou para cinema um dos meus heróis preferidos dos video jogos (na altura em que ainda se viam as personagens cheias de pixeis, nos velhinhos Pentium's) e que há pouco tempo recuperei na PS2: o Prince of Persia!! O episódio escolhido foi o Sands of Time (exactamente o que joguei na PS2 e que me levou a fazer umas quantas noitadas para o acabar).

Segue em baixo o trailer e realmente o filme promete, desde os cenários aos efeitos especiais ou aos actores. Tenho curiosidade em saber se também replicaram a banda sonora, porque o jogo tinha uma música que adorava. Definitivamente não posso perder isto!

Vamos repetir?

O que é melhor do que depois de um dia de trabalho correr para o comboio e depois correr para o autocarro?

Resp.: Ficar feita em postas nas portas de saída do comboio!!
Uau! Aquela M**** fechou antes de tempo e quase que se assistia a uma cena de um filme de terror numa estação de comboio. Gostei muito da experiência!

Presentes "originais"

Há uns dias atrás recebi na minha caixa de correio um catálogo da D-mail. Por curiosidade comecei a desfolhar o dito catálogo vendo os produtos que aí se encontravam.
Apesar de existirem produtos giros, originais e muito úteis, também se encontram coisas estranhíssimas e com ar muito apimbalhado.
Mas nunca se sabe! O Natal está aí à porta, aqui ficam algumas ideias:

Galheteiro em Spray
(Wtf?? Pôr azeite em spray na alface ou nos rabanetes?)

Cinzeiro Portátil
(Isso mesmo, guarde as cinzas consigo! Lá há coisa mai bonita e útil?)


Coça Pés
(Com várias almofadinhas para coçar o cholé e tudo...Chique no mínimo)


Cama de ferro para gatos
(Uau! Esta cama é de qualidade! E né lindo imitar as camas dos humanos? e o padrão à tigresa?)




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nostalgias

Ontem, a pedido de outra pessoa, fui ao site da Fnac para sugerir alguns livros. Dei por mim fascinada a ver as novidades, as promoções a procurar livros. E acabei por me sentir deprimida...Há tanto tempo que não sei o que é "perder-me" naqueles corredores repletos de livros, passar a mão em livros com capas cheias de relevo ou vibrar de excitação por achar um livro de um autor ou personagem que gosto ou chegar à caixa com uma pequena fortuna para pagar.

Isto de ter uma casa para pagar e gatos para alimentar às vezes não está com nada...

Record!

A Zara não tira as protecções para as portas para aí há uns 2 dias...

Fascínio dos 30?

Os últimos dias têm sido passados numa latência irritante, que me puxa para baixo e faz questionar muita coisa.
Tenho sentido os meus muros defensivos subirem e os meus guerreiros internos em vigilância constante.
Por outro lado a apatia controla-me e tenho sentido pouco entusiasmo pelas coisas, levando uma rotina de casa-trabalho, trabalho-casa. Não tenho vontade de nada e acabo por me deitar cedo mais para terminar o dia rapidamente do que propriamente por cansaço. Isto para no dia seguinte retomar as mesmas rotinas e perceber que afinal me sinto sem objectivos e muito sozinha...

domingo, 1 de novembro de 2009

"Futebol é o grande factor de integração dos emigrantes"

No DN de ontem achei curiosa esta notícia sobre um estudo efectuado que refere que o futebol fez mais pelas comunidades portuguesas no estrangeiro do que as associações, a tradição ou a língua.
"O futebol tornou-se no elemento mais importante de integração dos emigrantes. Aproxima as comunidades de origem e de acolhimento, os operários dos licenciadosm os lusodescendentes da geração dos pais. (...) O futebol tornou-se num factor de orgulho para quem saiu do País por falta de condições financeiras. Mas o fenómeno é transversal e, também visível entre a nova vaga de emigrantes, os licenciados. E, neste contexto, surge um terceiro grupo: os lusodescendentes que não se revêm nos bailaricos e excursões das associações, nos ranchos folclóricos do século passado, no bacalhau, café ou cerveja, a que não estão habituados."

O estudo, efectuado por uma investigadora da do Instituto de Ciências Sociais, em Lisboa, pretende estudar o papel do futebol nacional nas comunidades emigrantes.

É ainda referido que "as novas gerações pouco falam da língua portuguesa, não frequentam as associações, a participação nas eleições portguesas fica-se entre os 5% a 8%, os consulados estão distantes das populações, o fado pouco lhes diz. (...) os novos fadistas estão a contribuir para mudar este sentimento, mas, por exemplo, os fãs que os Madredeus têm entre os emigrantes devem-se mais aos filmes de Wim Wnders do que às acções das entidades portuguesas no estrangeiro."

E esta einh?!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dia fantástico

Como ter um dia *fantástico*?

É só juntar uma ranhoseira descomunal que se espera que seja apenas rinite (e não gripalhadas mais graves) à novidade "made in papai" de que a mesa comprada no IKEA não dá para pintar de branco, conforme previsto.

Mexe-se bem e sai um dia de M****!

Ei, já chega!

Já não há pachorra para aturar o Benfica. Quer dizer, nunca houve, mas agora já uma cena visceral. Não se fala nem vê outra coisa senão as goleadas do benfica, notícias, jornais, pessoas convencidas e arrogantes a cantarem antecipadamente que já ganharam o campeonato e que são os "máiores"!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

The Editors - Papillon

Estou completamente viciada nesta banda que descobri por acaso.

O que é que fazemos...

... quando, apesar de gostarmos muito de uma pessoa, nos é difícil aceitar determinadas atitudes?

Ding Ding Ding!

Estou viciada no Machinarium, jogo que alia um grafismo soberbo com jogos de lógica e raciocício. O universo criado está muito original e "fofinho".
Difícil é deixar de jogar...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Destruições caseiras

Cada vez que chego a casa vejo as protecções das portas sem almofadas nenhumas...

Como é que eu explico à Zara que as almofadinhas dos batentes das portas não são para tirar???

Obrigada Pépe por teres descoberto uma almofadinha debaixo da estante...

Arca de Noé

Alguém lá em cima anda louco com o tempo. Primeiro calor que nunca mais acaba, depois temporal digno da Arca de Noé.
Ontem à noite instalou-se um tempo como já não via há muito, e temporais stressam-me e deixam-me ansiosa. Decidi ir deitar-me a tentar ler um pouco antes de dormir para ver se relaxava mas a coisa não estava famosa. Ouvia o vento assobiar de forma violenta, empurrando os baldes de água que alguém atirava do céu. Começava a mexer-me na cama e a olhar para os estores que pareciam que iam voar. A Zara decidiu sentar-se no parapeito da janela para investigar o que se passava. O livro também não ajudava, tinha fantasmas e assassinatos e coisas esquisitas e macabras. Decidi fechá-lo e apagar a luz para ver se adormecia e não pensava nem em fantasmas nem em estores a voar, mas o tempo decididamente piorava.
Estava cada vez mais stressada e ansiosa e aos poucos fui percebendo porquê: desde que me tinha mudado ainda não tinha assistido a um temporal assim. Não estava habituada aos barulhos, ao estore do quarto que abana como louco, ao vento que se ouve com mais nitidez ali, num local mais alto e com menos ruído citadino mas mais árvores o que intensifica sempre o som da chuva e do vento. Senti-me sozinha, como uma criança.
A certa altura mandaram-me mensagem a dizer "sabes, o que me stressa não é este tempo, é pensar nos animais abandonados". Ou seja, além do stress que já tinha com o raio do vento e da chuva ainda fiquei stressada a pensar nos cães e gatos que por aí podiam andar, todos ensopados e cheios de frio. Toda a situação era surreal, sentia-me uma menina com medo do escuro. Pensei que ouvir música iria ajudar, pelo menos o barulho vindo da rua não seria tão notório. O MP3 não tinha bateria e o telemóvel não tinha auricular. "Olha, porra para isto!" Fiz um esforço para tentar adormecer, e naquele limbo de sono e sonho, em que não estamos nem lá nem cá, só imaginava coisas parvas, como o estore a voar e cair em cima dos carros estacionados lá em baixo, postes a cairem ou telhados a voar.
Só quando o tempo amainou um pouco consegui relaxar e ser vencida pelo cansaço.
Decididamente ainda sou uma menina...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Vida de subúrbio e o transporte de gado vivo

Dia de chuva.
O autocarro para a estação de comboio chega e é mais pequeno que o habitual. A minha sobrancelha cerra-se e pensa "isto não vai correr bem" apesar de ainda conseguir achar um lugar para me sentar. Na paragem seguinte mais uma fila enorme de pessoas para entrar que se vão acumulando em todos os espaços vazios. Começa-se a sentir algum descontentamento e ainda falta mais uma paragem antes da estação. O autocarro lá vai andando, entre o trânsito e o calor que se vai fazendo sentir dentro da viatura, enquanto os chapéus de chuva entrelaçavam-se nas pernas e nos pés de quem por ali estava.
Ao chegar à última paragem antes do destino consigo observar a cara de horror das pessoas que se encontravam numa fila enorme para entrar no autocarro já cheio. E tinham que entrar pois o próximo era só dali a 20 minutos.
Começa o pandemónio, com o autocarro a parecer uma lata de sardinha e as pessoas a acumularem-se. Algumas entram pela porta de trás enquanto as da frente empurram. A certa altura ouve-se da zona da porta:
-"Eh pá, falta entrarem mais 2 pessoas! Cheguem para trás!"
Rapaz junto da janela: -"Duas pessoas?! Mas isto já está cheio!"
Amigos sentados: -"reclamem com as pessoas que põem estes autocarros pequenos a esta hora!"
Alguém grita: -"entrem pela porta traseira!"
Pessoas que estavam na porta traseira, em uníssono: -"Por aqui também já não dá! Entrem pela frente!"

(A esta altura comecei a pensar se estaria num autocarro ou num guião de filme pornográfico)

Amigos sentados: -"Olha agora, o motorista não anda enquanto não entrarem as pessoas!"
Vozes dispersas: -"Oh amigo, já estou atrasado!"
Vozes na zona de entrada: -"Eh pá, cheguem para trás! Faltam 2 pessoas!"
Rapaz da janela já enervado: -"Mais quais 2 pessoas, quais 2 pessoas?! Não dá! Está cheio! Eu se saio daqui começo ao soco a toda a gente!!!!"
Senhora agarrada ao varão: -"Xiça! Ainda bem que não estou ao pé dele!!"
Rapaz da janela: -"Duas pessoas....olha esta...entrem pelo tejadilho! Toca mas é a andar!"
- (Senhora entalada entre um varão e um banco): -"Um livro de reclamações dava jeito!"
Amigos sentados: -"Estamos tramados...Tenho de entrar às 8:30 e isto não anda! O motorista não consegue fechar a porta e isto não anda! Não saímos daqui hoje..."

Ao fim de largos minutos e de várias tentativas para fechar a porta, lá arrancou o autocarro completamente a abarrotar, ficando as 2 pessoas cá fora e enquanto um rapaz contava aos amigos como tinha visto um autocarro em Lisboa tombar com o peso dos passageiro. Senti-me como uma ovelha num camião de transporte de gado vivo e cada vez que o autocarro fazia a curva estava a ver que tombava mesmo ainda por cima para o meu lado.

Ah, e o louco lá estava sentado! Que medo!

E viva a vida de subúrbio!

E viva o transporte de gado!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Chuva de gatinhos

Isto hoje começa bem. Com esta chuvada apetecia-me era estar enroladinha no sofá a ver um filminho com os gatinhos. Isso é que era!

Isto se a Zara não se lembrasse da nova brincadeira que descobriu: tirar as almofadinhas das protecções dos batentes das portas... Ao princípio ainda pensava que tinham saído, pronto, que remédio. Depois comecei a estranhar o facto de terem desaparecido todas! E lá as ia descobrindo debaixo do sofá e dos móveis. Ontem apanhei a madame em flagrante. Indecente!

Machinarium

Acabaram de me falar de um jogo denominado "Machinarium". Por enquanto só ainda experimentei a versão demo online, mas penso que também esteja disponível para fazer download. A acção desenrola-se numa espécie de mundo composto por robots e máquinas e temos de ir conduzindo o nosso robot por diversos cenários, agarrando objectos que nos permitam ir avançando.
O conceito do jogo está muito engraçado, mas o que me tem agradado mais são mesmo os cenários! Fantástico!
Podem ver em www.machinarium.net

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

The Walking Dead

Acabei este fim de semana de ler o "The Walking Dead - Volume 5".

Esta colecção está simplesmente magnífica, mas à medida que o tempo passa é possível verificar um argumento cada vez mais pesado e dramático, com uma violência enorme mas entre humanos e não com os zombies, como seria de esperar.

Chega a ser perturbador ver o modo como humanos se comportam em situações de crise. Podemos dizer "ah e tal, isso é fantasia, mortos vivos não existem". Mas será que é mesmo fantasia? A temática zombie é apenas o pretexto. Podia ser uma guerra nuclear, uma catástrofe natural ou outra coisa qualquer. A verdade é que nos comportamentos de um modo bem diferente daquele que seria de supor inicialmente.

E a nossa humanidade perde-se, e a loucura instala-se...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

The night session

A sessão de psicoterapia ontem correu bem. Já não ia lá há um tempo e isso estava a deixar-me ansiosa, não é fácil nos sentarmos e começarmos a debitar pensamentos íntimos.
Aqueles momentos que antecedem a sessão sempre me deixaram nervosa e os minutos na sala de espera parecem correr devagar, como se os sentidos ficassem mais apurados e conseguisse ouvir o meu coração bater ou os pequenos ruídos típicos de um consultório tomassem proporções gigantescas. E depois existem sempre aquelas máquinas para beber água que me stressam ainda mais. Go figure....

Mas como diz o sábio do meu pai "o comer e o coçar vai do começar" e a conversa também é assim. Só custa começar, depois as palavras atropelam-se para sairem numa catadupa de emoções. E de repente está ali alguém que nos ouve e não julga, alguém que nos pretende ajudar. E isso é reconfortante.

Como sempre saí reforçada do consultório. Animada, confiante, com esperança e fé no futuro e em mim. O trajecto até casa foi feito entre cantorias a acompanhar o som que saía do rádio do carro e pensamentos mais profundos e silenciosos.

Pena esta sensação de harmonia e força não ser permanente!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Intimidades

Hoje é dia de psicóloga.
Passado tanto tempo desde a última consulta, começo a sentir o nervoso miudinho de quem já não está habituada a estas andanças.
De repente falar de mim, do meu íntimo, do que me aconteceu nos últimos tempos, procurar causas subjacentes...ai! Não apetece!
Apetecia-me um belo gelado numa esplanada, agora psicoterapia, não apetece mesmo nadinha!

Horizontes

Quando pensamos que não existe salvação, que aquilo que tememos se torna numa bola de neve sendo impossível quebrar o ciclo, surge então uma nova esperança que nos faz respirar com novo alento e acreditar num futuro melhor.
De repente o horizonte já não me parece negro.
De repente o horizonte veste-se de tons azuis raiados do dourado do sol.

Obrigada por me dares a mão...

Morfeus

Sonhei contigo hoje.
Aparecias em imagens difusas e desprovidas de sentido, mas envolvida em sentimento e significado.
Acordei com um aperto no peito e com a mesma palavra a repetir-se no meu pensamento "Porquê? Porquê?"

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Going crazy

Não sei o que é mais preocupante:

- Apanhar um trânsito do caraças porque adormeci;
- Ter adormecido porque estava a ter um sonho estranhíssimo que incluía a ministra da educação e o Harry Potter;
- Ou estar no meio do trânsito a ouvir isto:


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mickey Mouse on the house!

Que bom que é estar a bulir e de repente ouvir uma colega aos gritos a dizer que a cozinha está cheia de Mickeys!

A saga dos ratos no local de trabalho voltou!

Olha o Cabeçudo!

Na sexta-feira, entre uma versão muito manhosa de Karaoke, com bebida à mistura, houve quem dançasse de forma a imitar os cabeçudos, essas figuras típicas do carnaval. Basta imaginar a forma como os cabeçudos se mexem e dançam para imaginar o serão de sexta feira.

Hoje decidi procurar um pouco mais dos cabeçudos e acabei por ficar surpreendida. No Wikipedia Cabeçudos é uma freguesia de Vila Nova de Famalicão.

Depois descobri que Gigantones (ainda não percebi bem a diferença entre uns e outros) têm origem na mitologia germânica tendo aparecido, provavelmente pela primeira vez, num cortejo na Bélgica em 1389. Em Portugal tiveram a primeira aparição em 1893 nas festas d'Agonia em Viana do Castelo. Mais surpreendente ainda é que os Gigantones figuravam dos costumes Galegos, onde eram apresentadas em frente ao túmulo de Santiago!
A partir daí tornou-se popular e difundiu-se, passando a figurar nos cortejos carnavalescos até aos dias de hoje.

Como diria o Fernando Pessa, "e esta einh??!"

Politiquices rústicas

Tendo sido fim de semana de votações, foi mais um fim de semana de descobertas.
Quem acompanha este blog sabe que mudei há uns meses de casa, tendo ido morar nos subúrbios da capital. Era uma menina da capital, habituada a vir a pé para o trabalho e gastar pipas de massa na FNAC. Ao mudar de casa mudaram-se hábitos e estilos de vida.
Esta introdução serve para dizer que estava habituada a votar em Lisboa. Desde que sou eleitora que o faço e as eleições autáquicas passavam sempre pela mística de escolher o presidente de câmara da capital. Pela primeira vez votei para presidentes de câmara e junta fora de Lisboa. E foi uma sensação muito estranha!
Para começar as salas da escola primária onde votava deram lugar a um pavilhão desportivo, onde todas as secções de voto se encontram no meio do recinto.
E depois não deixou de ser engraçado estar a chegar ao local de voto e ver um aparato de roulotes e barraquinhas com farturas, algodão doce e bifanas. Pelos vistos votar proporciona um aglomerado de pessoas que justifica o negócio, mas não deixa de parecer um ambiente de festa ou de feira, deveras engraçado.
Quando surgiram os primeiros resultados das eleições andava a tentar ver as notas de rodapé, tentando descortinar o meu município, que nem sequer aparecia (tive de ver na net). Mas nisso notei uma diferença grande também. Pode ser apenas o entusiasmo inicial, mas a verdade é que mudar para um sítio mais pequeno faz-nos sentir mais próximos também, próximos da vida local, das dinâmicas que se vão instituído e surgindo. Antes das eleições andava interessada em ver quem eram os candidatos e o respectivo programa eleitoral quando em Lisboa muitas vezes nem sabia quem eram os candidatos à junta de freguesia da minha zona de residência.
E vê-se obra, e vibra-se com a obra. Os políticos estão mais perto da população e dos seus problemas, as iniciativas locais têm outro peso.
Lisboa é, efectivamente, uma cidade moderna, jovem e cosmopolita. Sinto falta das ruas e do sol, da oferta cultural, do comércio, das pessoas. Mas também é verdade que o país não é só Lisboa, que existe muito mais e, por vezes, até bem mais interessante. Os súburbios, as cidades pequenas, as vilas e aldeias têm o poder de nos envolver, de nos acolher, de nos fazer sentir que pertencemos ali, com um "aconchego rústico" enquanto que as grandes cidades nos fazem olhar de lado para os vizinhos que não conhecemos ou colocar uma expressão de frieza e indiferença ao que se passa à nossa volta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Zombies


Estou completamente viciada na série de BD "The Walking Dead". A história gira em torno de um grupo de pessoas que tenta desesperadamente sobreviver após uma epidemia de proporções apocalípticas, levando a que os mortos despertassem e se alimentassem dos vivos.
O melhor dos livros (e que também é o que costuma acontecer nos filmes sobre esta temática) não é o zombie em si mas a profundidade psicológica das personagens, os dramas, a evolução, a caracterização da sociedade e da vivência em grupo.

Simplesmente fascinante.

Pânico no bus

Passados meses voltei a encontrá-lo.
Continua com o seu ar louco, a falar e a rir sozinho.
Que medo...!

Gatil Simãozinho

Tomei conhecimento deste projecto no Van Dog: o Gatil Simãozinho, projecto pedagógico da Escola EB 2.3 Santos Simões que pretende recolher, esterilizar e preparar para a adopção gatos em risco da cidade de Guimarães.

É incontornável a importância que este projecto tem, quer no apoio aos felinos, quer no desenvolvimento cívico dos alunos, tornando-os e preparando-os para serem melhores cidadãos.

É uma iniciativa de louvar. E diga-se de passagem que o gatil está FANTÁSTICO!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Orçamentos

Desde que mudei de casa a minha vida alterou-se radicalmente. Tive de fazer imensas cedências, conter-me nos gastos. Deixei de me mimar, de poder comprar o que queria ou de perder horas na Fnac a escolher a carrada de produtos que iria levar, de sair e comer fora com frequência. E a verdade é que depois de pagar as despesas (renda, água, comida para os gatos, etc.), me sobra pouquíssimo dinheiro que apenas serve para me manter até chegar ao fim do mês, pagar novamente as despesas e voltar ao mesmo. Por isso faz-me um bocado de confusão como é que pessoas que ganham o mesmo ou menos que eu passam o dia de trabalho nos corredores a comentarem o que compraram ou o que vão comprar, a mostrarem as roupas novas de marca ou catálogos de cantis e objectos que não lembram a ninguém.
E as conversas são só estas, de compras, roupa, modas. Conversas fúteis e simplistas, desprovidas de qualquer sentido ou profundidade. Ninguém se questiona sobre nada ou conhece outras realidades ou culturas. O que interessa é se a mala da Louis Vitton combina com os sapatos de berloques ou se compram ténis Nike ou Adidas de 150€.

No fundo isto é tudo rabugice matinal, revestida de uma grande dor de cotovelo, é o que é...
Mesmo assim gostava de perceber esta gestão, a sério que sim...

(...)

...calma, acabou de chegar uma delas a mostrar a mala. E as outras "ah, é gira!" (isto com sotaque à tia); "ah, custou 400€" (com o ar mais natural do mundo).

Meu Deus, o que eu não faria com 400€!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ajuda precisa-se!

A Bianca, Associação de protecção aos Animais sem Lar do Concelho de Sesimbra, além de ração e donativos necessita urgentemente de voluntários.

Radio Ga Ga

Gosto de ouvir rádio, de deixar músicas novas e salteadas inundar o ambiente. Mas ultimamente tenho reparado que a rádio passa cada vez menos música, uma vez que grande parte do tempo é dispendido com publicidade e conversa entre locutores. Ei! Se ligo o rádio é para ouvir música! Ainda por cima é tudo muito esquisito. É verdade que me estou a referir a estações de rádio destinados a uma franja da população mais nova, mas mesmo assim é esquisito. Os locutores deixam de tratar os ouvintes por "você", para passarem a usar o "tu", numa linguagem à "morangos com açúcar", cheia de pontapés no português, abreviaturas, calão e expressões adolescentes. Existem passatempos sem grande nexo, os locutores normalmente demonstram falta de cultura geral, as notícias são normalmente antigas (já com vários dias) e desprovidas de profundidade ou rigor.
E hoje gostei especialmente do tempo, cuja previsão era "está a chover lá fora." Hmm....se eu quisesse saber como estava o tempo lá fora olhava para a janela, eu queria mesmo era saber como ia estar ao longo do dia!
Será que estou a ficar velha? A verdade é que dou comigo cada vez mais a excluir este tipo de estações e a ouvir estações que os meus pais ouvem! Estou preocupada!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sugestões

O que eu gostava de poder comprar estes dois cd's:
Lisa Ekdahl: Give me that slow knowing smile; e The Legenday Tigerman: Femina



quarta-feira, 30 de setembro de 2009

(des)humanidade?

Ontem foi dia de cinema (coisa que já não acontecia há bastante tempo) e a escolha recaiu no novo filme do Peter Jackson: Distrito 9. Só tinha lido um mini-resumo e por isso quando o filme começou só pensei "eh lá! que raio de filme é este?". O início foi estranhíssimo, com filmagens estranhas numa lógica de documentário, com extraterrestres ridículos e actores desconhecidos. Fez-me lembrar os filmes de ficção científica muito maus de produções independentes ou dos anos 50. Confesso que até pensei em sair da sala, mas decidi dar um pouco mais de tempo ao filme, o que acabou por se revelar uma decisão acertada. Passada a surpresa inicial o filme acabou por se revelar, quanto a mim, envolvente e intenso, chocante e reflexivo.

Saí perturbada, a pensar que o que tinha visto mais não era que um retrato da sociedade que temos, uma parábola dos campos de concentração existentes noutras épocas ou das atrocidades cometidas desde que existe a chamada *Humanidade*. A cobardia, o egoísmo, a arrogância, a estupidez, a violência gratuita, a discriminação, o racismo...tudo está lá. Nem faltam os gangs, os bairros de lata, a probreza e a miséria a darem o mote de um filme pautado pelo realismo num cenário irreal...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cats 'r us

O Pépe e a Zara adoram brincar. E não são esquisitos, brincam com papeis amarrotados, atacadores de sapatos, lápis, velas...enfim, o que conseguirem apanhar.

Um dos brinquedos preferidos deles são as famosas *canas* com um rato na ponta, que tentam apanhar nos seus instintos felinos.

No passado sábado o *tio* da Zara ofereceu-lhe uma caninha. Eu pensei para mim "é muito linda, mas isto não vai durar nada...". Cheguei a casa e o raio dos gatos começaram por ficar com os olhos esbugalhados ("Qué ito?! Olha Pépe! Brinquedos!") e depois investiram no brinquedo, pareciam possuídos.

O fio da cana não durou mais de 10 minutos partiu-se, mas mesmo assim servia para brincar. Depois de a cana e o fio irem para o lixo sobrava o rato, que continuava a fazer as delícias dos dois. Passados mais 15 minutos o rato estava esventrado, com a espuma toda fora. Passada uma meia hora já havia rato despedaçado pela casa.

Agora é sempre uma emoção tropeçar em mais um pedaço de rato ou ver a Zara com um bocado preso aos bigodes.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Balanço do fim-de-semana

O fim-de-semana passou rápido, demasiado rápido. No sábado, depois de ter ajudado um amigo, aproveitei o facto de estar em Lisboa para ir até à baixa. Passei pela BD Mania e recordei os tempos em que comprava livros com a descontracção de quem não tem uma casa para pagar. Mesmo assim ainda comprei um livro nos saldos da Livraria Bertrand. E apesar de ter sido uma passagem curta fiquei com saudades da baixa, do Chiado. Os prédios tradicionais, a luz linda de Lisboa que se esconde por entre ruas e ruelas, a diversidade de pessoas, fizeram-me suspirar e relembrar que apesar de agora estar mais longe posso e devo retornar à minha cidade. Preciso dela, preciso de Lisboa...

E ontem foi dia de eleições. Escuso-me a comentar a parte política da coisa, o que eu gostei mesmo foi de ir votar, ainda para mais na minha nova freguesia! O local era uma treta, um pavilhão meio chunga, mas mesmo assim gosto de exercer o meu direito de voto, e cumprir também o meu dever de cidadã. Acho que devemos isso às gerações que combateram pela liberdade. Acho que devemos isso a nós próprios.

Seguiu-se uma passagem pelo ModelScala, exposição de modelismo estático no Montijo, que me fez reavivar a vontade de praticar a modalidade. Parei durante algum tempo, devido à falta de tempo, entusiasmo, e condições financeiras, mas agora começa a surgir o bichinho novamente. E recordei-me de que quando praticava o hobby sentia-me muito mais calma e descontraída, dava-me imenso prazer, portanto porque não recomeçar? E como me disseram na feira, é suposto ser um hobby, portanto vou fazendo sem pressões, à medida que possa e que tenha condições para o fazer.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Zzzzzzz

Isto hoje nem com piscinas de café se safa......

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Como gerir um conjunto de cadastrolas...

Ontem tive um momento de *apetece-me desesperadamente jogar computador*. "Hmm...que raio tenho eu aqui, ora deixa ver..." Tinha o Oblivion (que está encravado há meses porque não consigo matar o raio dos vampiros), os Sims (é sempre igual, pôr o meu boneco - chamado Star Trek, da cidade Linhó - a comer, tocar guitarra, ir à casa de banho.....) e o Civilization 4 (onde não consigo conquistar nenhuma cidade - perdi o meu jeito bárbaro de adolescente quando conseguia conquistar o mundo). Apetecia-me alguma coisa diferente... Experimentei o Stronghold mas a experiência foi traumatizante, porque mal começava o jogo perdia logo. E percebi que também não era bem aquilo que me apetecia jogar. Apetecia mesmo era jogar Football Manager (que não tinha, e quando não se tem, mais vontade dá). Depois lá descobri o Prison Tycoon 4 que tinha pedido para me arranjarem, há um tempo atrás. Nunca tinha jogado, mas pior que o Stronghold não deveria correr. Lá instalei o jogo e fiquei com a ideia que aquilo não devia ser grande coisa mas decidi experimentar.


Inicialmente não estava a perceber a dinâmica do jogo, o que levou a que tivesse um recinto cheio de reclusos com apenas um guarda ou toda a gente esfomeada porque tinha criado um refeitório sem comida. Isto para não falar da falta de dinheiro, porque criei coisas chiquérrimas como ginásios, salas de jogos, hospitais, oficinas e espaços escolares - estas coisas são importantes! Ok, talvez não tão importantes como contratar guardas, existirem espaços distintos para funcionários e reclusos ou comida nos refeitórios, mas são importantes!
Já era quase 1 da manhã quando lá decidi fazer missões em vez de construir Estabelecimentos Prisionais de raíz. Aí a coisa correu melhor e lá consegui passar de nível.
O jogo pareceu-me um pouco enfadonho e limitado, uma vez que existe pouco espaço de manobra e poucas opções disponíveis. Mesmo assim achei piada às infraestrutras, à existência de gangs ou de poder ditar liberdades condicionais. E quem me conhece sabe o prazer extra que este jogo me pode proporcionar. Afinal não é todos os dias que temos contacto com cadeias, pois não?

Hoje é daqueles dias...

... que não apetecem. Devia existir um tecla de "Delete", poder saltar o dia e começar tudo de novo. Estou *periódica* (Mr. Red in the house), a roupa que vesti não assenta bem, estou com uma borbulha irritante e o cabelo está tão esquisito que já me está a deixar fora de mim (estou aqui estou a cortá-lo!).
E quando chegar a casa ainda tenho de fazer de fada do lar, o que não está mesmo mesmo mesmo nada a apetecer!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bola na relva

Na passada segunda-feira fui ver o jogo do Sporting a Alvalade. Comentários futebolísticos à parte, a verdade é que gostei de toda aquela envolvência que só encontramos num jogo ao vivo e num estádio de futebol. E o que mais gosto de ver e sentir é exactamente essa realidade, as mulheres de meia idade de pé a gritarem em plenos pulmões asneiras que fazem corar qualquer senhor de bigode e palito na boca, os vendedores de queijadas e gelados a deambularem pelas escadas, as crianças que foram arrastadas pelos pais e passam o tempo todo a comer e ir à casa de banho em vez de verem o jogo pelo qual não nutrem nenhum interesse. E depois existem os treinadores de bancada, que criticam os jogadores até eles marcarem um golo e passarem a ser "grandes jogadores", as claques com bandeiras gigantes a gritarem gritos de festa e louvor e os golos que não se veêm porque estavamos a assitir ao espectáculo das bancadas e não no relvado.

E nestes momentos lembrei-me da minha infância, de quando o meu pai me levava ao velhinho Estádio de Alvalade ainda com bancadas de pedra. Pedia sempre guloseimas, e lembro-me do desapontamento dele cada vez que tinha de vir cá fora comprar comida para mim e para a minha irmã, perdendo jogadas importantes e mesmo alguns golos. Aos poucos fui começando a ter outra atenção pelo que se desenrolava no relvado, e comecei a conhecer jogadores e a gostar de futebol.

Deve ser esta fase dos 30, começamos a relembrar aspectos do nosso passado e da nossa infância e dar-lhe outro sentido, outro carinho, outra importância.

O Rei!

Parece incrivel só agora ter descoberto Stephen King. Ainda não cheguei a meio mas estou a adorar o "Saco de Ossos" e não são todos os livros que me prendem assim. É desta literatura que sinto falta, deste preenchimento e ansiedade em absorver e imaginar todos os detalhes e contornos da história.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vindimas

Este foi um fim de semana diferente. Convidaram-me para uma espécie de "mini-vindimas", evento que para uma menina da cidade como eu soa sempre a rústico e interessante. Apesar de ser uma produção bastante pequena, apenas para consumo caseiro e a maior parte do trabalho já estar feito, quis participar na mesma. O dia começou cedo, demasiado cedo, e mesmo assim já existia quem estivesse na apanha da uva aquela hora. Os cachos, ainda molhados da chuva da noite anterior, moldavam-se às mãos à medida que os cortava e colocava no balde. E a minha tarefa foi esta, durante quase toda a manhã, entre risos e brincadeira.

Tradição que achei estranhíssima foi a meio da manhã toda a gente parar para ir comer pataniscas de bacalhau e beber cerveja. Pensei "bleck, tomei o pequeno almoço há bocado, como é possível às 10 e tal da manha andar a comer bacalhau e beber bejeca?". Mas a verdade é que quando me cheguei perto da mesa a comida lá marchou (dispensei a cerveja) o que me deixou, confesso, envergonhada.

Parecia cronometrado, mas os cachos acabaram quando começou a chover. O lagar já estava cheio e quando surgiu a fase de se pisar as uvas não existiram muitos voluntários. Eu já estava com os braços vermelhos da comichão que as uvas tinham feito e portanto não me pareceu nada boa ideia andar quase de cuequinha a esmagar uvas e ficar com as pernas todas lixadas pelo que, apesar da insistência, dispensei essa actividade. Acabaram por ir alguns homens mais corajosos(as mulheres fugiram todas), sabendo de antemão que à noite estariam com as pernas irritadas e cheios de comichão. O cenário parecia de uma mistura de filme de ficção científica com um de terror, com material viscoso a ser esmagado pelos pés e um cheiro intenso, para dar lugar a paredes esborratadas de vermelho e pernas que escorriam um líquido vermelho igual a sangue. Pensei que era o local ideal para fazer um filme de terror de baixo orçamento (e de péssimo mau gosto), mas afinal o Hitchock não esfaqueou melancias para produzir um som mais realista no filme psyco? E não atirou baldes com sumo (não me recordo se de tomate se de uva) para imitar o sangue? Ei, eu acho que podia resultar!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Lar doce lar

Ontem, num momento de fraqueza em que precisava de pensar e me acalmar, senti que precisava de ver o mar, o azul do céu, o vento acariciar a minha cara e sussurrar-me ao ouvido as indicações que precisava para me orientar.
Sem saber muito bem onde ir, deixei-me levar até encontrar placas esbatidas na estrada a indicarem "Cabo Espichel". Recordava-me de ter ido lá em pequena com os meus pais, mas não me lembrava de grandes detalhes. Surgiram-me algumas imagens na cabeça, nomeadamente a vista, o vento e as barraquinhas com artesanato para turistas. Ainda demorei algum tempo a lá chegar e pelo caminho fiquei com a sensação de que estava a entrar numa zona diferente, onde o amarelo dos campos contrastavam com o azul do céu. E imediatamente comecei a sentir-me mais calma, mais apaziguada.
Quando cheguei encontravam-se poucos carros estacionados. Para trás tinha ficado o caminho que se dirigia até ao farol, mas eu queria estar mais recolhida. Optei pela zona da Igreja. Escolho sempre igrejas, ainda não percebi porquê. O cruzeiro, no início do átrio ladeado por arcos,

revelava um sítio religioso onde se encontrava, ao fundo, a Igreja do Cabo que se encontrava fechada. Passei pela igreja e do outro lado deparou-se um cenário fantástico: o sol a pôr-se atrás do mar, enquanto gaivotas esvoaçavam por ali.

Fui até à ermida da memória, um pequeno edíficio que me fazia lembrar edificações mouras ou algo do género. E fiquei ali, algum tempo, a ver o mar enquanto esperava por respostas, esperava por apaziguamento e paz.
Já tinha lido num folheto qualquer da zona que o Cabo Espichel já foi uma zona de romaria, de peregrinação. Talvez tenha sido isso que me levou lá. Entretanto percebi que no século XIV foi construída uma ermida para albergar uma imagem da virgem e, aos poucos, o local foi-se expandido graças aos peregrinos que até ali rumavam. Os arcos que ladeavam o átrio têm o nome de círios, e em tempos passados eram quartos onde os peregrinos pernoitavam.
Quando se faz uma peregrinação existe algo mais forte que perdura, e que acaba por fazer parte de nós. Uma vez peregrino, sempre peregrino.
Talvez por isso me tenha sentido tão bem ali. Foi como se já conhecesse aquele local há muito tempo.
Foi como se estivesse em casa novamente...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ausências

Regresso após uma pequena ausência que se deveu, sobretudo, a compromissos profissionais. O excesso de trabalho, o stress, o cansaço acumulado já me fizeram esquecer as férias e desejar por mais um período de repouso.

Novidades não existem, a não ser que o Pépe e a Zara andam possuídos para a brincadeira. Pelo menos isso...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vou à farmácia e já volto

Preciso de curar esta azia. Ainda por cima diz que alivia logo. Fantástico...

domingo, 6 de setembro de 2009

Só podia ser nos Estados Unidos...

Ao ler uma notícia no Clix deparei com este site, que basicamente retrata os clientes estranhos do Walmart...

Que medo...

E o burro sou eu?!

Tanto a Zara como o Pépe têm sítios predilectos para dormirem cá em casa. O Pépe opta pelo cadeirão do escritório ou, quando assustado, por ver o que o rodeia em cima do frigorífico. A Zara prefere o sofá (nos momentos em que a deixo ir lá para cima).

Na imagem está retratado outro dos locais preferidos da Zara para dormir, que é em cima da minha cama. A situação em si não tem nada de fantástico, o Pépe também vai para lá. O que eu acho piada é que a Zara adora dormir encostada ao peluche (que comecei a pôr a jeito exactamente para ela se aconchegar). O peluche, um burro chamado Hermes, tem sido o companheiro de sonecas da Zara que prefere a companhia dele à do Pépe. Uma vezes encosta-se só (como na foto), noutras pousa a cabeça nas patas do peluche ou enrola-se nele.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Limpeza" a sério

Giro giro é a senhora da limpeza nova que aqui anda, ao limpar o rato apagar-me metade do Ofício que estava a redigir no computador.

E ainda mais giro é ela me perguntar se eu quero que ela lave o chão...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Chega-se aos 30 anos dá-me para isto...

The Walking Dead


Livrinho de BD comprado em Berlim sobre esse Universo fantástico que são os Zombies.

Aproveitei para ler na viagem de avião de Berlim-Lisboa. Ou seja, enquanto toda a gente lia coisinhas light e as revistinhas com 1 mês que existem nos aviões eu andava a ler livros esquisitos com mortos.
Leitura adequada portanto.

Agora só me falta comprar os outros 9 ou 10 volumes...


Deve ser a crise dos 30...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

História e Futuro


Ontem comemorou-se mais um aniversário da Segunda Guerra Mundial, neste caso, o 70º aniversário do início da guerra. A 1 de Setembro de 1939 a Alemanha invadia a Polónia e assim começava a uma guerra que levou à morte de milhões de pessoas, devastou cidades e incutiu uma cicatriz demasiado grande na história da humanidade.
Não sou conhedora dos grandes feitos históricos e muito menos de acontecimentos militares e bélicos. Sempre foram matérias que me passaram ao lado, embora recentemente tenha sentido uma maior afinidade e interesse em descobrir este tema, também influencida por amigos que sabem tudo acerca do assunto e por um pai que parece uma enciclopédia ambulante.
Ontem ao ler o artigo sobre a guerra questionava-se a vertente histórica da mesma. Como me disse mais tarde no café um amigo com quem comentei o assunto "Quem vence é quem conta a história". E é verdade. Os vencedores são sempre os heróis, dotados de uma personalidade fantástica e de um código moral impecável e intocável. Os vencidos são sempre os bárbaros sanguinários de quem o mundo se livrou. Não quero aqui fazer juízos de valor ou defender o que quer que seja, apenas estou a questionar a história em si, a vertente dialéctica da história. E lembro-me que nós, portugueses, também temos muito orgulho dos nossos "Descobrimentos" e cada vez que digo isto lembro-me de uma professora dizer "nós não descobrimos nada! Os continentes já lá estavam, nós só os achámos!". E ainda por cima com extrema violência, com escravidão e devastação à passagem que são sempre as passagens históricas que se "esquecem" de contar.

Recentemente fui à Alemanha, mais específicamente a Berlim. Embora não tenha sido a primeira vez é uma cidade que me consegue surpreender sempre. Na minha opinião Berlim é uma cidade muito bonita, charmosa, romântica. Mas tem também uma vertente histórico-social muito vincada. Numa esquina conseguimos ver retratos de história e na esquina seguinte um quadro moderno do pós-guerra. E toca-me sempre.
Deambulando pela cidade passamos por marcos e edifícios históricos, memoriais às vítimas da guerra, exposições sobre a segunda guerra mundial, sobre o nazismo, ou sobre uma cidade que ficou reduzida quase a cinzas. Mas existe a outra vertente, a vertente de uma cidade que limpou o pó e as feridas e se ergeu, se reconstruiu, sendo agora uma capital moderna, bonita e cultural onde pulula uma diversidade étnica impensável para os ditadores da altura, o que não deixa de ser irónico.


A mentalidade das pessoas é diferente. Começa-se a trabalhar mais cedo e também se sai mais cedo. Quando está sol, vê-se muita gente em esplanadas a beber a famosa cerveja que já faz parte da identidade cultural do país, ou num jardim a ler um livro. Não existem cães abandonados, pelo contrário, têm dono e estão bem tratados. Fico com a ideia de que realmente aproveitam a vida, é tudo feito num ambiente mais calmo, sereno.

E cada vez que termino a visita a Berlim, fico sempre com a sensação que ficou muita coisa para ver, que quero regressar.

É uma cidade de sonhos, de recomeços e reconstruções...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Coldplay em Hannover


Foi no passado dia 25. E que concerto! Simplesmente inesquecível!

Máquinas de guerra

Viver com dois gatos acarreta aspectos nem sempre positovos. Levamos arranhadelas, saltam para cima das mesas, e existem tufos de pêlos a esvoaçar pela casa. E muitas vezes tenho ideia que é isto que acontece, embora nunca os tenha apanhado em flagrante:





Para combater esta praga tenho uma nova arma: um aspirador! Prenda de anos fornecida pelos progenitores, claro está. E que rica prenda (fazemos 30 anos e deixamos de receber livros, produtos de beleza e jogos e passamos a receber aspiradores...uau!). O Pépe é que não gosta muito dele, mas a vida é mesmo assim, não se pode agradar a todos.

E começou uma nova era lá em casa.

A era da Guerra ao Pêlo de Gato!

domingo, 30 de agosto de 2009

Caminhar na Solidão

Passou quase 1 mês desde que aqui escrevi pela última vez, ausência pautada sobretudo por um período de férias que me soube bastante bem mas que passou bastante depressa, como seria de esperar.

Mas estas semanas foram pautadas por outros acontecimentos importantes também, nomeadamente (re)definições, trajectos, sonhos realizados.

Fiz pela terceira vez o Caminho Português de Santiago, ou pelo menos um troço dele, uma vez que comecei em Ponte de Lima já bastante perto da fronteira com Espanha. Apesar de não ser uma experiência nova para mim, esta foi a primeira vez que o percorri sozinha. Um desafio e um sonho que se vem formando desde que tomei contacto com este caminho de alma. Sabia que caminhar sozinha era substancialmente diferente de caminhar acompanhada, e era exactamente essa "solidão" que procurava, essa paz de alma e esse silêncio que nos levam a um lugar imaginário onde podemos contactar com a nossa essência. Mas nada me preparou para o que viria a viver. Tive de penar para conseguir chegar a Santiago, e de nada me valeu a experiência de anos anteriores. Pela primeira vez tive imensas bolhas logo desde o primeiro dia, pela primeira vez tive de aprender a rebentá-las e tratá-las. Pela primeira vez tive dores nos joelhos e tornozelos, ao ponto de ficarem inchados, ao ponto de ter de usar várias ligaduras. Pela primeira vez acordava todas as manhãs sem saber se conseguiria andar. Pela primeira vez tive vontade de me sentar à beira da estrada e desistir. Senti e vivi sensações que nunca tinha experiênciado, incluíndo fisicamente e isso fez-me ver a realidade, a minha realidade, num outro prisma, embora tenha ficado com a sensação de que deixei escapar muitas lições importantes, talvez por não estar suficientemente receptiva. E sinais. Sinais que me recordavam a família, a casa e o que tinha deixado para trás, as pessoas importantes da minha vida, e as que serão sempre inesquecíveis. Tive ajuda de onde não esperei, ouvi palavras certeiras que me fizeram pensar, questionar, sorrir, amar. Ouvi músicas religiosas que me fizeram chorar apesar de não ser católica, adormeci a ver o nascer do sol, sonhei acordada, cantei à chuva, falei sozinha, conheci pessoas que me marcaram.


Fechei mais um ciclo. E fiz o caminho, o meu caminho. O verdadeiro caminho.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Avestruzes, Andorinhas e galinhas de sofá...

E ontem foi dia de mais uma tortura futebolística. Assistir a jogos do Sporting é o mesmo que ver uma avestruz a correr num campo minado. Chegou a ser vergonhoso ver os jogadores a correr de um lado para o outro, errarem passes fáceis e depois há coisas que não se percebem: O Djaló parecia ele próprio a Floribella, a correr feito borboleta pelo campo, a tropeçar na bola, etc. O Postiga deve ter acordado na altura e ter-se questionado de onde estava, porque estava e quando percebeu lá deve ter achado que era uma massada ter de andar a correr atrás da bola. O Liedson, coitado, parecia uma pulga entalado entre os gigantones Holandeses e o Miguel Veloso já tinha o cabelo mais arranjado (que foi o que lhe valeu). Estava a ver o jogo muito mal parado, mas quem é sportinguista já está habituado a sofrer e a perder jogos aparentemente fáceis.
E depois existe o Rui Patrício, que pode ser muito bom moço, mas na minha opinião de aspirante a treinadora de sofá, é um péssimo guarda-redes e nunca cheguei a perceber que estava ele a fazer no Sporting. Até a Zara faz melhores defesas (incluindo voos no ar) que ele, e é apenas uma gatinha...
E já nos tempos de descontos, enquanto acabava de comer o gelado já semi-derretido e pensava que a prestação do Sporting nas competições europeias deste ano tinha terminado, lá vejo o Rui Patrício subir até à grande área. E digo alto e em bom som, com ar arrogante e de entendida na matéria:"olha olha, mas que raio vai esta andorinha fazer lá para a frente?!" Pois, mas afinal a *andorinha* foi marcar um golo e ditar a passagem do Sporting à fase seguinte.
E ainda tive de ouvir com sorrisinhos irónicos "olha, parece que a *andorinha* marcou..."
Como se costuma dizer "enfiei a bolinha no saco" e acabei o gelado.
Pimbas, para não me armar em esperta! Estava a pedi-las!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Hora da novela mexicana

"O telemóvel tocou. Recebeu uma mensagem de uma pessoa muito especial. Dizia simplesmente: amo-te.
Ela sorriu embora esperasse mais. Esperava sempre mais porque para ela o amor era um conto de fadas, sempre intenso e fulgoroso, como no primeiro dia. Não conseguia projectar outra forma de se relacionar. Viver é amar e amar é um sentimento forte, um sopro de alma.
Pouso o telemóvel e aspirou mais um gole de refrigerante pela palhinha de riscas vermelhas.
A sensação de sentir a outra pessoa em cada partícula do seu ser fazia-a suspirar por mais.
Olhava para um casal que se encontrava na esplanada à sua frente. Trocavam carícias por entre palavras susurradas e sorridos de quem se encontra apaixonado. Pensou que queria viver algo assim, abraçar outra pessoa e ser abraçada, com esta simplicidade. Apenas um abraço ou um beijo trocados em qualquer esplanada ao pôr do sol. Era uma lamechice, bem sabia, mas gostava de projectar as coisas nestes moldes, com todo este romantismo piegas típico de uma novela, o que era estranho porque cresceu a ver filmes de terror. Não deixava de ser irónico. Talvez fosse uma conjugação astral, pensou, enquanto observava as bolhas de refrigerante rebentarem nas pedras de gelo.
Toda a vida tinha aspirado um grande amor, dos que completam a alma e onde a ausência do outro é notada em cada sopro de ar.
Imaginava-se a viver um romance assim, com flores e prendas embrulhadas em doses de carinho, com poemas românticos escritos à mão. Mas a vida fazia questão de demonstrar que principes e princesas apenas existiam no imaginário das crianças. Mesmo assim ela preferia acreditar. Sabia que essa fé podia ser tomada como ingenuidade mas não se importava. Se não tivermos fé o que nos resta? Como podemos prosseguir?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Coisas que se descobrem por acaso:

* Estou com uma mega nódoa negra resultado do Bowling Matinal.

* Adormeci de barriga para cima e braços abertos, numa versão de Cristo moderno. Acordei a meio da noite com um gato a fazer do meu braço almofada e todo enrolado em mim.

* O Pépe e a Zara continuam a ser companheiros de alma. Cada vez que estou mal, triste ou a chorar, deitam-se ao pé de mim, a "guardar" a minha alma e a curar as minhas feridas.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Moda trendy

Acabei de descobrir o Alfaiate Lisboeta.
A lente daquela máquina fotográfica mostra uma Lisboa repleta de pessoas diferentes, modernas, multiculturais.

Gostava era de ser assim chique, de me vestir assim...

Bowling matinal

Que bom que é começar o dia com um espalho monumental nas escadas! Se estava meio a dormir acordei logo! Parecia que estava a jogar Bowling mas eu era a bola e ainda atirei ao chão dois pinos (estátuas de madeira, neste caso). Yehhh!

Tenho o braço todo raspado e o meu lindo rabo todo dorido. Cá por mim a culpa é dos Chakras!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

E viva a crise!

Actualmente a palavra "crise" enche os meios de comunicação social e está na boca de toda a gente. Existem campanhas publicitárias de supermercados e todo o tipo de lojas à volta da situação económica mundial.



No meu caso a crise bateu-me à porta de mansinho. Fez "knock-knock", eu perguntei "quem é?" e responderam "é a dona crise!" e eu, estupidamente disse "ah, faz favor de entrar!". Isto para dizer que para mim a crise começou com a minha opção de mudar de casa. Até aí vivia de uma forma despreocupada, comprava o que queria, quando queria. Uma rica vida! Com a mudança de casa veio a independência mas também as despesas para pagar e uma responsabilidade diferente o que me fez mudar o estilo de vida deixando, por exemplo, de passar serões na Fnac onde gastava pequenas fortunas. Agora é muito raro comprar livros e para não cair em tentação tento afastar-me o mais possível desses antros de cultura, como se fosse um vampiro e as livrarias estivessem impregnadas de água benta e crucifixos e alho por todo o lado.E a verdade é que isso me permitiu olhar para as minhas estantes de outra forma e passei a ler os livros que tinha comprado há muito tempo e armazenado na prateleira à espera de melhores dias. O meu objectivo passou a ser "ler todos os livros que tenho em casa" porque apercebi-me que mais importante que coleccionar livros era efectivamente lê-los e apreciá-los.


Mas existem excepções e de vez em quando lá cedo à tentação. Passei a frequentar alfarrabistas e comprar livros em feiras. Na feira do livro do Porto comprei um livro do Stephen King e um do Terry Pratchett a preços fantásticos. Ontem, no alfarrabista aqui perto do trabalho comprei mais três livros: "Coração de Papel", do Luís Louro (há muito que queria comprar um livro dele), "Pérolas a Porcos 2" do Stephan Pastis e "A História de Cristo" de Giovanni Papini. Os três livros ficaram-me a 5€.
A verdade é que se não fosse afectada pela crise possivelmente compraria estes livros a preços bem mais caros.

É caso para dizer que às vezes a crise compensa!

Olha o Chakra!

E ontem, depois de um jantar mais ou menos normal, descobri que apenas tinhas abertos os Chakras da Coroa e da Raíz. Assim, com a simplicidade de quem bebe um refrigerante.

Vá-se lá saber o que isto quer dizer...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Aprendizagens felinas

O Pépe e a Zara aprendem muito um com o outro:

* A Zara aprendeu com o Pépe a miar e a responder quando a chamo. E também aprendeu a ir para a varanda e a fazer "gincana" nos ferros da varanda.

* O Pépe aprendeu com a Zara a afiar as unhas em sofás (os avós é que ainda não descobriram) e a beber a água da banheira depois do banho. Com espuma e tudo.

Só aprendizagens saudáveis, claro.