segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Come on baby light my fire!

Recordo-me quando era mais nova de ir à Terra e vibrar cada vez que o meu avô acendia a lareira e nos sentavamos em família enquanto falávamos ou contávamos piadas. Gostava de ver o lume crepitar e hipnotizar-me, o som da lenha a arder enquanto estavamos ali todos juntos. Era aconchegante e quase um ritual que com o passar do tempo se foi perdendo.

A casa onde estou actualmente tem lareira. Não é grande novidade uma vez que hoje em dia grande parte das casas novas já tem, ou pelo menos um sistema de aquecimento alternativo. E não é propriamente a grande quantidade de calor que dali emana - basicamente a lareira, se não tiver recuperador de calor nem sistema de dispersão pela casa aquece aquela divisão e pouco mais - que me fascina mas precisamente ver o lume a arder, tal como quando era pequena em casa dos meus avós.
As primeiras vezes que a acendi a coisa não correu bem, ficava tudo cheio de fumo ou o lume apagava-se. Achei que realmente não tinha jeito nenhum para aquilo. Mas com o passar do tempo tenho vindo a apanhar-lhe o jeito.
E este último fim-de-semana, com o frio que se fez sentir, foi passado à beira da lareira. É tão bom numa noite fria nos aquecermos assim, enquanto se bebe qualquer coisa e se ouve uma música ligeira ou apenas os paus a crepitarem. Existe qualquer coisa de ancestral nisso, como se despertasse uma essência mais profunda.

E o Pépe e a Zara também gostam!

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