terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tintim no Congo

Normalmente durante o pequeno almoço leio um livro de banda desenha ou pelo menos uma parte dele. Como a vida está cara tenho-me entretido a reler os livros que tenho e que em muitos casos apenas li uma vez, pelo que já não me lembro dos detalhes e é como se fossem novidade.
Hoje terminei de reler "Tintim no Congo" e a impressão foi a mesma que tive aquando da primeira leitura, anos atrás: um livro muito mau...


A história é bastante fraca, mas o que incomoda não é isso e sim a imagem patente ao longo do livro. Tintim é visto como um ser superior por ser branco (mais forte, mais astuto, mais inteligente), enquanto que os Congoleses são descritos como fracos, parvos, ridículos e primitivos, além de "adorarem" Tintim. Esta supremacia racista e xenófoba arrepia-me.

Além disso Tintim enaltecer a caça e o massacre de animais: mata macacos, rinocerontes, elefantes (vendo-se inclusivé a personagem a carregar o marfim) só porque sim...

A arrogância e postura das personagens torna este livro quase intragável.

Não me interpretem mal, eu gosto imenso da colecção e de Tintim, mas realmente este livro é não correu bem!

3 comentários:

Kratos disse...

Nunca confies num livro chamado "Tintim no Congo"!!!

Ka disse...

:D Porque não? Podia ser "Tintim no Congo" como "Tintim nos Barbados", "Tintim no Uzbequistão" ou "Tintim em Trinidad e Tobago"...

Goncalo disse...

Não sou um grande conhecedor dos livros de BD do Tintin - nem tão pouco li este -, mas sei que o Hergé ficou com uma certa fama de racista à conta precisamente deste livro.