quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vivendo a "Liga dos Últimos"

Gosto de futebol. Assumo que gosto de futebol embora não seja muito de ver jogos ao vivo até porque os preços não são muito convidativos. Quando era mais pequena lá ia ao estádio com o meu pai, apesar de que o que eu gostava mesmo era das sandes de queijo e do Sumol que ele comprava. Mas à medida que fui crescendo fui ganhando gosto e tornei-me adepta de futebol. Conhecia jogadores nacionais e estrangeiros, técnicos, tácticas e vibrava com toda aquela dinâmica!
Talvez como a maior parte das pessoas, acabei por me ligar a um "clube grande", da primeira divisão, com reputação e fama, nunca tendo ligado ao futebol de bairro ou vila que se fazia pelo país. Nunca conheci clubes de divisões inferiores e fazia-me confusão perceber como sobreviviam os pequenos clubes e que interesse haveria em assistir a jogos maus em estádios sem condições onde muito pouca gente assistia nas bancadas.

Há uns anos atrás comecei a ouvir um amigo falar com orgulho do seu clube de coração, um clube que não era o Benfica, Sporting, Porto ou algo do género. Era um clube mais pequeno, do qual apenas ouvia falar muito esporadicamente em sorteios da Taça, o Olivais e Moscavide.
Comecei a ouvir os relatos emocionados e vibrantes das vitórias e derrotas daquele clube, que nem sequer aparecia na comunicação social, e percebi que existia ali algo que me escapava... E a verdade é que comecei a achar piada áquela ligação afectiva, muito mais genuína e vibrante.
Entretanto nos zappings habituais que se faz pelos canais de televisão, fui começando a assitir à "Liga dos últimos", programa onde se dá a conhecer a vivência de clubes pequenos, sobretudo locais e regionais. E assistia à emoção dos adeptos, aos relatos de roupeiros, técnicos, presidentes e pessoal que vive o futebol com paixão mas faz dele uma carolice e não um negócio. E depois existe uma ligação afectiva mais próxima, afinal é o "clube da terra", cujas notícias e novidades aparecem expostas num papel colado numa parede da tasca mais próxima ou são debatidos entre um copo de tinto. Isso não existe nos grandes clubes...

Com a minha recente mudança de casa percebi melhor esse sentimento tão presente nos relatos a que assistia do meu amigo e na televisão, pois senti necessidade de me sentir mais próxima e integrada no local que habito. Era como se assim me sentisse mais enraiazada e com uma maior ligação afectiva ao local. Era como se me redefinisse...

E sem saber muito bem como dei por mim todas as semanas procurar os resultados do "Grupo Desportivo de Sesimbra", que se encontra actualmente no 2º lugar de uma divisão que eu nem sei qual é...

A próxima etapa será assistir a um jogo ao vivo.

Como será?

2 comentários:

Pedro Mendes disse...

Aqui fica feito oconvite para ir ver um jogo do Sesimbra.
Fico á espera!

Ka disse...

:)
Combinado!