Apesar de ainda não ter casa propriamente dita, comecei ontem a ver o que podia começar a arrumar e empacotar. Como nunca fiz nenhuma mudança nem sabia por onde começar e achei que estar de mãos na cintura a olhar para o meu quarto a ver se tinha uma iluminação divina não iria ajudar muito. Comecei por procurar caixas para começar a empacotar alguma coisa e tive o primeiro dissabor. Nem uma única caixa. "Bonito, como é que vou arrumar esta treta toda?", pensei eu. Como nada de caixas de cartão (e já percebi que fazer mudanças não é tão lindo e chique como aparece nos filmes), comecei por arrumar roupa de outras estações ou que não uso agora na mala e saco de viagem. Ainda me falta a roupa quase toda e já tenho duas malas a abarrotar. O Pépe e a Zara acharam aquilo tudo estranhíssimo e enquanto ia arrumando a roupa tirava o Pépe, que se voltava a enfiar dentro da mala e dos sacos outra vez.
Comecei a encher mochilas e sacos com livros e cds e foi estranho ver as prateleiras esvaziarem-se, como que apagando uma parte da minha vida e do meu passado. E pela primeira vez senti uma certa nostalgia e tristeza. Afinal foi naquela casa que cresci, que me moldei, que passei momentos bons e maus. Não conheço outro sítio para viver que não aquele, que sempre foi o meu refúgio e assistiu aos meus momentos mais marcantes.
Esta mudança não vai ser só de casa, mas também uma mudança interna, onde irei riscar uma parte do meu passado e desenhar um futuro, onde me irei conhecer melhor e crescer.
Não vai ser fácil.
É isso e as dores nas costas de andar a carregar caixotes.
1 comentário:
Tanta coisa para me fazeres jantares!
Não era preciso!
Dá-lhe pah!VIKINGGGGG!!!!!
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