sexta-feira, 6 de junho de 2008

Tirinhos

Mais uma quinta-feira, mais uma sessão de tiro. Ontem a sala estava mais vazia uma vez que os adolescentes estão em exames ou foram ao Rock in Rio. Aprendi que cada arma tem um número e que convém escolher sempre a mesma. Atribuiram-me a arma mais pesada: "toma, enquanto estiveres sentada, utilizas esta. Quando passares a disparar de pé temos de escolher outra que esta é muito pesada para uma *senhora*". Os poucos resistentes que lá estavam acabaram por sair, com os seus fatinhos MEO e as suas armas psicadélicas, ficando apenas eu (com as listinhas telefónicas e sentadinha, na minha figurinha semi-humilhante) e um senhor que treinava a pistola. Entre eu e ele não sei quem disparava mais ao lado. Acho que era mesmo eu, uma vez que ele estava de pé, pistola é muito mais difícil e se estava a adaptar a uma qualquer mudança na arma....ok, era mesmo eu. Ontem os tiros saíam-me todos ao lado. Mesmo assim deu para treinar, aprender a regular a arma (e saber que a posição da cara influencia grandemente o disparo, bem como a qualidade dos chumbos), adaptar-me a uma nova arma, etc. O tiro é um desporto tão preciso, que pequenas variáveis influenciam e o desafio está mesmo aí: anular todas essas variáveis, numa lógica de autocrontolo e precisão.

Esta imagem é de dois alvos que trouxe, resultado do meu trabalho de ontem. Como se vê a minha pontaria não está grande coisa, existem disparos bastante ao lado, mas tenho de continuar a trabalhar.

E depois penso: "ei! Acertar no centro destes papelinhos, a uma distância de 10mt. não é assim tão fácil! Até nem me estou a sair mal!".

E acima de tudo, estou a gostar do desafio.

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