sexta-feira, 18 de junho de 2010

Palavras difusas

Tem-me custado regressar à realidade e rotinas do dia a dia, com chatices e contas para pagar, além da sensação de aborrecimento e vazio permanente.

No outro dia, enquanto arrumava papeladas, achei dois cadernos, um deles ainda imaculado e que tinha comprado numa qualquer viagem ao estrangeiro.
Escrever baboseiras em meia dúzia de linhas, apesar da futilidade e parvoíce, sempre me acalmou nas fases mais deprimentes e revoltas, por isso pensei "porque não?".
Pensei que por vezes não basta gostar de uma coisa, temos de investir e trabalhar nela, assumir esse compromisso connosco próprios.

Peguei nos cadernos e numa caneta e levei-os para junto da minha cama. Desde essa altura todos os dias tenho escrito qualquer coisa antes de me deitar. Não é propriamente uma obra literária, mas sim um conjunto de palavras soltas, muitas vezes com ideias vazias e fúteis que se repetem, mas que me ajudam a expor e ordenar pensamentos ou emoções e têm sempre o condão de me apaziguarem.
É bom sentir que por muito sozinha que às vezes me sinta posso sempre falar comigo e com o Universo...

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