Saí perturbada, a pensar que o que tinha visto mais não era que um retrato da sociedade que temos, uma parábola dos campos de concentração existentes noutras épocas ou das atrocidades cometidas desde que existe a chamada *Humanidade*. A cobardia, o egoísmo, a arrogância, a estupidez, a violência gratuita, a discriminação, o racismo...tudo está lá. Nem faltam os gangs, os bairros de lata, a probreza e a miséria a darem o mote de um filme pautado pelo realismo num cenário irreal...
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
(des)humanidade?
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Cats 'r us
Um dos brinquedos preferidos deles são as famosas *canas* com um rato na ponta, que tentam apanhar nos seus instintos felinos.
No passado sábado o *tio* da Zara ofereceu-lhe uma caninha. Eu pensei para mim "é muito linda, mas isto não vai durar nada...". Cheguei a casa e o raio dos gatos começaram por ficar com os olhos esbugalhados ("Qué ito?! Olha Pépe! Brinquedos!") e depois investiram no brinquedo, pareciam possuídos.
O fio da cana não durou mais de 10 minutos partiu-se, mas mesmo assim servia para brincar. Depois de a cana e o fio irem para o lixo sobrava o rato, que continuava a fazer as delícias dos dois. Passados mais 15 minutos o rato estava esventrado, com a espuma toda fora. Passada uma meia hora já havia rato despedaçado pela casa.
Agora é sempre uma emoção tropeçar em mais um pedaço de rato ou ver a Zara com um bocado preso aos bigodes.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Balanço do fim-de-semana
E ontem foi dia de eleições. Escuso-me a comentar a parte política da coisa, o que eu gostei mesmo foi de ir votar, ainda para mais na minha nova freguesia! O local era uma treta, um pavilhão meio chunga, mas mesmo assim gosto de exercer o meu direito de voto, e cumprir também o meu dever de cidadã. Acho que devemos isso às gerações que combateram pela liberdade. Acho que devemos isso a nós próprios.
Seguiu-se uma passagem pelo ModelScala, exposição de modelismo estático no Montijo, que me fez reavivar a vontade de praticar a modalidade. Parei durante algum tempo, devido à falta de tempo, entusiasmo, e condições financeiras, mas agora começa a surgir o bichinho novamente. E recordei-me de que quando praticava o hobby sentia-me muito mais calma e descontraída, dava-me imenso prazer, portanto porque não recomeçar? E como me disseram na feira, é suposto ser um hobby, portanto vou fazendo sem pressões, à medida que possa e que tenha condições para o fazer.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Como gerir um conjunto de cadastrolas...
Inicialmente não estava a perceber a dinâmica do jogo, o que levou a que tivesse um recinto cheio de reclusos com apenas um guarda ou toda a gente esfomeada porque tinha criado um refeitório sem comida. Isto para não falar da falta de dinheiro, porque criei coisas chiquérrimas como ginásios, salas de jogos, hospitais, oficinas e espaços escolares - estas coisas são importantes! Ok, talvez não tão importantes como contratar guardas, existirem espaços distintos para funcionários e reclusos ou comida nos refeitórios, mas são importantes!
Já era quase 1 da manhã quando lá decidi fazer missões em vez de construir Estabelecimentos Prisionais de raíz. Aí a coisa correu melhor e lá consegui passar de nível.
O jogo pareceu-me um pouco enfadonho e limitado, uma vez que existe pouco espaço de manobra e poucas opções disponíveis. Mesmo assim achei piada às infraestrutras, à existência de gangs ou de poder ditar liberdades condicionais. E quem me conhece sabe o prazer extra que este jogo me pode proporcionar. Afinal não é todos os dias que temos contacto com cadeias, pois não?
Hoje é daqueles dias...
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Bola na relva
E nestes momentos lembrei-me da minha infância, de quando o meu pai me levava ao velhinho Estádio de Alvalade ainda com bancadas de pedra. Pedia sempre guloseimas, e lembro-me do desapontamento dele cada vez que tinha de vir cá fora comprar comida para mim e para a minha irmã, perdendo jogadas importantes e mesmo alguns golos. Aos poucos fui começando a ter outra atenção pelo que se desenrolava no relvado, e comecei a conhecer jogadores e a gostar de futebol.
Deve ser esta fase dos 30, começamos a relembrar aspectos do nosso passado e da nossa infância e dar-lhe outro sentido, outro carinho, outra importância.
O Rei!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Vindimas
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Lar doce lar
revelava um sítio religioso onde se encontrava, ao fundo, a Igreja do Cabo que se encontrava fechada. Passei pela igreja e do outro lado deparou-se um cenário fantástico: o sol a pôr-se atrás do mar, enquanto gaivotas esvoaçavam por ali.
Talvez por isso me tenha sentido tão bem ali. Foi como se já conhecesse aquele local há muito tempo.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Ausências
Novidades não existem, a não ser que o Pépe e a Zara andam possuídos para a brincadeira. Pelo menos isso...
terça-feira, 8 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Só podia ser nos Estados Unidos...
Que medo...
E o burro sou eu?!
Na imagem está retratado outro dos locais preferidos da Zara para dormir, que é em cima da minha cama. A situação em si não tem nada de fantástico, o Pépe também vai para lá. O que eu acho piada é que a Zara adora dormir encostada ao peluche (que comecei a pôr a jeito exactamente para ela se aconchegar). O peluche, um burro chamado Hermes, tem sido o companheiro de sonecas da Zara que prefere a companhia dele à do Pépe. Uma vezes encosta-se só (como na foto), noutras pousa a cabeça nas patas do peluche ou enrola-se nele.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
"Limpeza" a sério
E ainda mais giro é ela me perguntar se eu quero que ela lave o chão...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Chega-se aos 30 anos dá-me para isto...
Livrinho de BD comprado em Berlim sobre esse Universo fantástico que são os Zombies.
Aproveitei para ler na viagem de avião de Berlim-Lisboa. Ou seja, enquanto toda a gente lia coisinhas light e as revistinhas com 1 mês que existem nos aviões eu andava a ler livros esquisitos com mortos.
Leitura adequada portanto.
Agora só me falta comprar os outros 9 ou 10 volumes...
Deve ser a crise dos 30...
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
História e Futuro
Ontem comemorou-se mais um aniversário da Segunda Guerra Mundial, neste caso, o 70º aniversário do início da guerra. A 1 de Setembro de 1939 a Alemanha invadia a Polónia e assim começava a uma guerra que levou à morte de milhões de pessoas, devastou cidades e incutiu uma cicatriz demasiado grande na história da humanidade.
Não sou conhedora dos grandes feitos históricos e muito menos de acontecimentos militares e bélicos. Sempre foram matérias que me passaram ao lado, embora recentemente tenha sentido uma maior afinidade e interesse em descobrir este tema, também influencida por amigos que sabem tudo acerca do assunto e por um pai que parece uma enciclopédia ambulante.
Ontem ao ler o artigo sobre a guerra questionava-se a vertente histórica da mesma. Como me disse mais tarde no café um amigo com quem comentei o assunto "Quem vence é quem conta a história". E é verdade. Os vencedores são sempre os heróis, dotados de uma personalidade fantástica e de um código moral impecável e intocável. Os vencidos são sempre os bárbaros sanguinários de quem o mundo se livrou. Não quero aqui fazer juízos de valor ou defender o que quer que seja, apenas estou a questionar a história em si, a vertente dialéctica da história. E lembro-me que nós, portugueses, também temos muito orgulho dos nossos "Descobrimentos" e cada vez que digo isto lembro-me de uma professora dizer "nós não descobrimos nada! Os continentes já lá estavam, nós só os achámos!". E ainda por cima com extrema violência, com escravidão e devastação à passagem que são sempre as passagens históricas que se "esquecem" de contar.
Recentemente fui à Alemanha, mais específicamente a Berlim. Embora não tenha sido a primeira vez é uma cidade que me consegue surpreender sempre. Na minha opinião Berlim é uma cidade muito bonita, charmosa, romântica. Mas tem também uma vertente histórico-social muito vincada. Numa esquina conseguimos ver retratos de história e na esquina seguinte um quadro moderno do pós-guerra. E toca-me sempre.
Deambulando pela cidade passamos por marcos e edifícios históricos, memoriais às vítimas da guerra, exposições sobre a segunda guerra mundial, sobre o nazismo, ou sobre uma cidade que ficou reduzida quase a cinzas. Mas existe a outra vertente, a vertente de uma cidade que limpou o pó e as feridas e se ergeu, se reconstruiu, sendo agora uma capital moderna, bonita e cultural onde pulula uma diversidade étnica impensável para os ditadores da altura, o que não deixa de ser irónico.
A mentalidade das pessoas é diferente. Começa-se a trabalhar mais cedo e também se sai mais cedo. Quando está sol, vê-se muita gente em esplanadas a beber a famosa cerveja que já faz parte da identidade cultural do país, ou num jardim a ler um livro. Não existem cães abandonados, pelo contrário, têm dono e estão bem tratados. Fico com a ideia de que realmente aproveitam a vida, é tudo feito num ambiente mais calmo, sereno.
E cada vez que termino a visita a Berlim, fico sempre com a sensação que ficou muita coisa para ver, que quero regressar.
É uma cidade de sonhos, de recomeços e reconstruções...