quarta-feira, 8 de julho de 2009

Rainha do Mundo

Quando era pequena jogava muito computador. E um dos jogos preferidos era o Civilization, jogo de estratégia que consistia no desenvolvimento de uma civilização. Ainda com cenários muito rudimentares, em que se viam mais pixeis do que imagens detalhadas, o jogo deliciava-me e perdia horas, dias naquele encantamento. Adorava descobrir novas tecnologias, entrar em contacto com novas civilizações e construir equipamentos militares com fartura.
Apesar de ter jogado há largos anos lembro-me que escolhia os Russos (ninguém escolhe a civilização russa - don't ask!) e tinha uma lógica de "conquistar o mundo". Não tinha pachorra para andar sempre com a bandeirinha branca da paz hasteada. Ou é um jogo ou não é! Mas é isto que me preocupa... além desta lógica sanguinária e viking (pena não existirem vikings no jogo...) não tinha regime político (baseava-me antes na anarquia total), não tinha religião (lá dizem os graffitis pintados de preto borrado nas paredes de Lisboa que "a religião é o ópio do povo") e as minhas cidades eram arsenais militares impressionantes. Às vezes as tropas ficavam obsoletas (por exemplo continuava a ter catapultas quando já existiam aviões), mas mesmo assim eu guardava tudo e conquistava cidades mais avançadas com eles!
E não é que cheguei a ganhar o jogo e conquistar o mundo?!

Recentemente comecei a jogar a versão mais moderna do jogo, o Civilization 4. Ao contrário do que fazia quando era pequena implementei regimes políticos, religiões e tentava satisfazer a população. Pensei "agora sou crescida, vou desenvolver a minha civilização de forma pacífica, madura e adulta". Claro que este pensamento deve ter durado uns 5 minutos, que logo comecei com o afã de conquistar tudo. Mas para não me armar em esperta, no primeiro jogo não conseguia conquistar nada de jeito e acabei por ficar "entalada" entre outras civilizações. Ontem deitei-me tardíssimo, não consegui destruir os franceses apesar de já ter descoberto a pólvora e eles não e ainda perdi o jogo para os Romanos.


É impressão minha ou existem coisas muito esquisitas e perturbantes nesta história toda? Serei um Genghis Khan farsola reencarnado numa viciada em jogos de computador? Tinha mais jeito para a estratégia quando era adolescente do que agora??

7 comentários:

Anónimo disse...

podemos dizer que este jogo é o responsável por eu não ser viciada em jogos de estratégia. Uma vez comecei a jogar por volta das 20h. A certa altura lembrei-me de me levantar para ir à casa de banho. Reparei que o sol já brilhava. Olhei para o relógio e já passava das 10h. Parecia-me que tinha estado sentada uma meia hora! Fiquei tão apavorada que nunca mais peguei em jogos de estratégia e afins :)

Ka disse...

Ahahaha, aindá és pior que eu!!

Pedro Timóteo disse...

> além desta lógica sanguinária e viking (pena não existirem vikings no jogo...)

Há no 4. :)

> não tinha religião

Dizes isso como se fosse mau. :) (também só apareceu no 4, e é basicamente uma forma de ganhar dinheiro e pôr o povo a obedecer-nos sem pensar, e a gostar de quem tem a mesma religião e odiar todos os outros... e no jogo também é assim. ;) )

Ka disse...

No 4 há vikings?? Que vikings??

Pedro Timóteo disse...

Os vikings são introduzidos na primeira expansão ("Warlords").

Já agora, a segunda expansão ("Beyond the Sword") inclui os portugueses, e inclui vozes na nossa língua (tipo "às suas ordens" quando moves um worker).

Se tens o jogo original instalado, podes arranjar as expansões pelo Steam. Ou então podes ser uma pirata repugnante. :)

Ka disse...

Ah, através das expansões! Pois, aqui isso não existe. Mas agora abriste-me o "apetite"...

Ricardo disse...

és um espetaculo rapariga! viciada nos mesmos jogos que eu..lol nao sei se estas a par, mas ja saiu ha muito a 3ª expansao onde podes jogar com os Tugas, sobre o comando do Grande D.João II claro!