quinta-feira, 29 de maio de 2008
Deambulações
Gosto de pensar em ti a sorrir, com o teu ar leve e despreocupado mas ao mesmo tempo íntimo e envolvente.
A tua voz ecoa sempre nas cúpulas divinas que criaste comigo, instigando-me a agir.
Mesmo ausente continuas a pautar os recantos da minha alma.
Começa bem...
Acordei às 3:00 sem saber muito bem porquê. Os gatos estavam os dois a dormir profundamente (o mesmo que dizer que a ressonar), mas os meus olhos pareciam dois faróis. Percebi logo que não ia conseguir adormecer tão cedo... comecei às voltas na cama, para um lado e para o outro, como se isso adiantasse. Com o passar do tempo comecei a pensar em coisas que não devia e que me magoam, a pensar em trabalho, frustrações, na gata que morreu depois de ter posto um anúncio, enfim, um rancho de coisas não muito agradáveis, o que apenas me deixou mais ansiosa e, portanto, com menos capacidade de dormir.
Não sei a que horas adormeci, mas sei que nem ouvi o despertador hoje de manhã. Fui *salva* pelo telefone que tocou. Lá me levantei, meio trôpega, a pensar que devia ter deixado tocar até desistirem. Afinal quem telefona assim cedo? Ninguém! Pois, e ninguém estava do outro lado da linha. Mal atendi desligaram... fantástico. Há medida que fui acordando em pé (lentamente, claro está) lembrei-me que o telefonema também me salvou de um sonho que estava a ter: ia começar a fazer psicoterapia com uma pessoa de quem não morro propriamente de amores e que eu quero que saiba o menos possível de mim. Fiquei agoniada só de pensar.
Fui ligar o esquentador e...cadê o esquentador?? não funcionava. Claro, só podia. Simplesmente recusou-se a trabalhar, provavelmente tem uma peça partida ou desligada. Nada melhor para começar o dia. Pior mesmo só o sonho da tal psicoterapeuta improvisada...
Ainda tive tempo para me entalar na gaveta, levar uma mordidela da Zara e comer um bolo queimado que fiz ontem.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Horóscopo para hoje:
Ajuda??
Achei o facto curioso e como frequento alguns fóruns de animais, coloquei um tópico perguntando se alguém conhecia a colónia em causa e se poderíamos fazer algo para os ajudarmos.
Uma pessoa respondeu dizendo que conhecia a colónia, porque era ela que lá punha comer e que ia tentar apanhar a gata branca e cinzenta para esterilizar e ir para uma nova casinha porque tinha arranjado potenciais donos.
Mas a verdade é que desde que coloquei o tópico nesse fórum a situação na dita colónia foi mudando. A pessoa que colocava lá comer começou a notar que mais alguém lá ia, atiravam restos, os gatos andavam assustados, roubavam a comida (ração)... A situação tem vindo a piorar. Não sei se foi apenas coincidência ou se, efectivamente, alguém viu aquela informação e anda a degradar a situação.
Hoje recebi uma mensagem. A situação na colónia está cada vez pior e a gatinha branca e cinzenta foi encontrada morta, lá dentro...
A minha tentativa de ajudar resultou nisto...
terça-feira, 27 de maio de 2008
Aliados
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Conclusões
* O Pépe e a Zara ainda continuam às patadas, mas começam a ser amiguinhos novamente (menos mal);
* A fila que se forma nas rotundas perto do Media Markt em Alfragide não é para descer a rua, mas sim para abastecer na bomba de gasolina com preços reduzidos (descobri isto depois de ter passado imenso tempo na fila.... sem comentários....);
* Não consigo abrir a caixa de chumbos que comprei para a pressão de ar (é caso para dizer que "nem à força da bala ela abre");
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Onde estás tu?
Procuro-te no escuro da noite.
Estou assustada.
O escuro, o vazio, invadem-me de desespero.
Grito o teu nome.
Estás aí?
As minhas mãos apenas encontram a opacidade da ausência.
Os meus olhos apenas se inundam se tristeza e bréu.
Mas os meus pés continuam a caminhar em frente,
tentanto ir ao teu encontro.
A minha alma é tua.
Será que ainda te lembras de mim?
Procuro-te nas reentrâncias da vida,
nas curvas esquecidas que o tempo apagou.
Caminha a meu lado,
Só mais uma vez,
só mais uma vida...
Eurovisão
Agora com um pouco de nostalgia, fica aqui uma outra participação no festival, a música "Playback", do Carlos Paião, em 1981. Reparem nas roupas, no vídeo de apressentação e como é dito "Cáááárrrlos Pááião". Reparem na coreografia, nos fatinhos à astronauta tão característicos da época!
Esta fica na história da música portuguesa.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Zara: O regresso!
Intimidade
- (...) significa ter relações de proximidade.
- Ter relações de proximidade?
- Sim. Para mim tu não passas de um rapazinho semelhante a cem mil outros rapazinhos. Não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Para ti, eu sou uma raposa semelhante a cem mil raposas. Mas se tiveres intimidade comigo, precisaremos um do outro. Tu serás, para mim, único no mundo. E eu serei, para ti, único no mundo. (...) se tiveres intimidade comigo, a minha vida encher-se-á de sol."
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Quebra-Cabeças
Já não se fazem puzzles como antigamente!
terça-feira, 20 de maio de 2008
Só mesmo em Portugal...
Adriana Calcanhoto cantou às escuras no Coliseu de Lisboa"
"Primeiro de quatro concertos previstos para Portugal ficou "quase estragado" e terminou com a cantora iluminada apenas pelas luzes de emergência da sala lisboeta."
Fui comprar a prenda de anos para o sobrinho...
"O anjo da morte", puzzle de 1000 peças para tentar montar sem que os gatos comam nenhuma peça!
E enquanto pagava ainda fiquei a saber que o puzzle é difícil. Uma das senhoras da caixa registadora falava com a colega, explicando-lhe como tinha o puzzle em casa e não o conseguia acabar por causa das tonalidades de preto, quais as estratégias que utilizava, etc. Isto com uma enorme carga de frustração espelhada na cara e com o meu puzzle (já pago) na mão...
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Biclas
As brincadeiras eram feitas com os amigos de rua, todos eles com calças coçadas da terra onde montávamos os acampamentos dos Playmobil e das joalheiras que remendavam os rasgões frequentes.
Eu tive esse privilégio, com direito a joalheiras nas calças e tudo. Na rua da minha avó, sendo mais interior, praticamente não passavam carros, o que era ideal para todo o tipo de brincadeiras. E foi aí que comecei a aprender a andar de bicicleta. Como não tinha ia usando a dos amigos Miguel e Sónia. Os modelos da altura, pouco sofisticados, pautavam-se pela simplicidade. As bicicletas deles eram como esta:
Sempre me fez confusão o volante que não era direito. Nunca cheguei a perceber se me fazia lembrar os volantes das Harley Davinson ou, simplesmente, as antenas de uma barata. No entanto, à falta de melhor, era isto que se usava.
Aprendi a andar sem as "rodinhas" de lado. Não me recordo se caía com frequência ou não, mas lembro-me do entusiasmo cada vez que me deixavam usar a bicicleta deles. Há medida que o tempo passou ganhei a minha própria bicicleta. Uma BMX, com amortecedores, maior, mais robusta. Adorava aquela bicicleta porque me dava uma autonomia diferente, era uma bicicleta de "batalha". E foi com essa BMX que fiz a cicatriz que tenho no joelho, que fui contra um carro porque me distraí e aprendi a travar de lado com os pés (e a gastar os sapatos nisso, claro).
Já não tenho a BMX. Deixei de andar durante muito tempo. Há cerca de 2 anos comprei uma bicicleta, mais moderna, mas também das mais baratas, no supermercado. Já tem mudanças e travões com sistema sofisticado. Mesmo assim raramente ando. Voltei a pousá-la durante muito tempo, alegando cansaço, falta de oportunidade ou travões em más condições. Ontem voltei a pegar nela. Cheguei à conclusão que não tenho a idade que tinha. Mal consigo andar uns metros, fico logo cansada e com dores nas pernas. Também chego à conclusão que definitivamente não me ajeito com mudanças e bicicletas modernas.
Tenho saudades da minha BMX!
Voos de alma
(In)confidências
Mas o caminho que escolhi foi outro.
Escolhi para mim o caminho dos sentidos.