Conheci Dornes, banhada pelo Zêzere e por uma magia inigualável que me fizeram suspirar. Ali encontrei uma paz que achava perdida há muito tempo. Consegui sentir o pulsar da Terra e do Universo, sentindo que eu fazia parte dessa teia de vida, que Eu fazia sentido. Fechei os olhos e deixei que a brisa suave e o canto do rio me encantassem para sempre.
Encontrei na casa de turismo rural onde fiquei um pouso fantástico, dos melhores locais onde já estive, quer pela beleza da paisagem, ao ambiente geral à simpatia dos responsáveis. Para repetir, certamente. E ainda com tempo para desesperar num barco a remos no Zêzere onde fiz figuras tristes com medo que aquilo se virasse tudo (Não sabe nadar, yo!), de me estender numa rede a balançar enquanto via o rio ou de conversas profundas perdidas em olhares brilhantes.
No dia seguinte a viagem prosseguiu, mas desta vez para uma das aldeias de Xisto na zona do Fundão. A paisagem alterou-se e a calma do rio deu lugar à força das montanhas.
Às vezes é preciso atravessar desertos áridos para poder saborear melhor o que nos espera do outro lado do horizonte.
Sem comentários:
Enviar um comentário