segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mais uma semaninha boa!

Hoje, mais um dia fantástico, para iniciar a semana!

* Acordei toda dorida por causa do jogo de futebol onde participei ontem (don't ask, don't tell!);

* Olhei para o despertador: estava mega atrasa! Pulo da cama, tento vestir o robe enquanto o sr. Pépe quer brincadeira e começa a puxá-lo;

* Prestes a sair de casa, percebo que os sapatos estão cheios de lama e ando a sujar a casa toda (very nice!);

* Tento limpar os sapatos (e os minutos a passar) e a escova que utilizei tinha restos de detergente. Conclusão: sapatos com lama e com espuma;

* Saio de casa fora de horas e lá apanho o comboio (ok, esta foi normal);

* Chego a Lisboa e está a cair uma carga de água desgraçada. A zona de sete-rios está semi inundada e eu começo a ficar toda encharcada;

* Fico com os pés todos molhados e começo a questionar porque não trouxe as botas;

* Lembro-me que não tenho botas e preciso de comprar umas novas;

* Chego atrasada e a patinhar ao serviço;

* Percebo que o saco que trazia está todo roto e amolecido da chuva e já tinha metade das coisas de fora. Foi uma sorte não ter ficado sem saco no meio da estrada inundada.

Ah!! Que beleza de semana!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Incoerências

Como se faz quando não toleramos uma pessoa, por mais que saibamos que tal é errado?
Como se faz quando não conseguimos perdoar, mesmo sabendo que o perdão não nos compete a nós, mas à matriz da vida que tudo julga?

Soa-me a incoerência e apenas revela a minha fragilidade e pobreza de espírito.
E à pala disto de certeza que ainda tenho muitas vidas para viver...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Entre 4 paredes

Nos últimos dias, devido à greve geral que acabou por afectar os transportes, acabei por ficar em Lisboa, na antiga casa dos meus pais.
E que estranho que foi voltar a uma casa desabitada mas que sabe tudo de nós. Aquele espaço viu-me crescer, assistiu aos meus medos, alegrias, choros, fases boas e más.

Ali estava a minha cama de solteira onde tantas vezes chorei e onde tantas vezes sonhei, a secretária onde estudava para os testes da escola e mais tarde para os exames da faculdade.
Na parede envelhecida pelo tempo ainda alguns restos de desenhos que fazia nas minhas noites de solidão, nos armários fragmentos da infância, de brinquedos, de roupa usada numa época passada.
Ali estavam as minhas canecas onde bebia o leite com chocolate desde pequena, a porta com o puxador estragado, a mesa da sala de jantar onde apenas comíamos em dias de festa.

Estava tudo ali, mas apesar do sentimento de pertença, de sentir que conheço cada canto e que estarei sempre ligada aquela casa, tudo muda. E o meu caminho não passa mais por ali. Tenho uma nova etapa e uma nova vida para viver.

Acho que não se deve esquecer o passado mas temos de deixar espaço para o futuro entrar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Patinagem artística

Nada melhor do que estar a dormir quentinha enquanto chove lá fora, sonhar relaxada e de repente ouvir uns miados histéricos e sentir umas unhas de gato a espatinhar a minha cara!
Ainda estou para descobrir qual dos inquilinos lá de casa é que tentou saltar para a cabeceira da cama, o salto correu mal e andou a fazer patinagem em cima da minha cara! Por pouco iam-me furando um olho!
Estou com a cara a parecer uma pintura rupestre...

Isto lá é maneira de acordar alguém??

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Senhor do Adeus

Têm surgido na Internet movimentos de apoio e saudade ao Senhor do Adeus, o homem que costumava acenar aos carros no Saldanha. Até já existem petições para erigir estátuas em sua homenagem.
O Senhor do Adeus era uma personagem típica de Lisboa. Não havia quem não se tivesse cruzado com ele pelo menos uma vez. Eu conhecia-o lá da rua, onde vivi até há bem pouco tempo. Sim, isso mesmo, ele vivia uns prédios abaixo do meu e toda a gente o conhecia por ali, nem que fosse de vista. Recordo-me de o ver com a mãe e recordo-me de, quando esta faleceu, ele todos os dias ao fim da tarde sair de casa em direcção ao Saldanha. Nascia nessa altura o mito que hoje em dia toda a gente conhece. E isto já foi há alguns anos.

Mas recordo-me que nessa altura ninguém falava em estátuas nem nada do género. Pelo contrário... Lembro-me de muitas vezes ouvir comentários em como era "maluco"ou "não batia bem da cabeça". As pessoas olhavam com desconfiança e afastavam-se com desprezo, ou passavam de carro e gozavam com ele. Se calhar muitas das pessoas que hoje em dia o elogiam e dizem que foi um herói...

O que ele fez é, de facto, de louvar. Indiferente aos comentários depreciativos que muitas vezes ouviu deu uma parte de si, partilhou-se no melhor que tem o ser humano, nem sempre sendo compreendido, porque temos uma tendência natural para achar que fazer bem e ser generoso é depreciativo, parvo e tem sempre segundas intenções. Acho que a humanidade se tem vindo a perder porque a atitude dele deveria ser a atitude de todos nós, e não a excepção...

O Senhor do Adeus apenas veio realçar esta veia humanitária que todos possuímos mas temos vergonha de demonstrar. E enquanto se elogia um homem, esquecem-se todos os outros de que ninguém fala.
Nas portagens da Ponte 25 de Abril existe um funcionário que recebe e fala com toda a gente como se nos conhecesse há anos! "Olá! Está boa?! Estava com saudades suas! Um beijinho e bom dia!" As pessoas chegam carrancudas e a reclamar dos preços e saem com ar de felicidade e a sorrir. Pelo menos comigo é assim.
As pessoas que todos os dias salvam animais ou as que fazem companhia a idosos abandonados ou isolados, dessas ninguém fala.

O senhor do adeus somos todos nós...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mary and Max

E o fim de semana trouxe-me outra agradável surpresa. O filme de animação "Mary and Max", simplesmente um dos melhores filmes que vi até hoje.
Filme mais para adultos do que para crianças, retrata o poder da amizade entre uma criança australiana e um americano introvertido, complexado e cheio de fobias.

Nunca tinha ouvido falar deste filme mas a verdade é que ganhou vários prémios internacionais.


"Turismo" em Sintra

Uma vez que resido na margem sul do Tejo, não estou habituada a frequentar os transportes públicos da linha de Sintra, por isso hoje vivenciei uma experiência diferente.

Levantei-me cedo, numa qualquer aldeola no meio da Serra de Sintra, com o céu ainda escuro e a humidade típica da Serra a fazerem-se notar e a pedirem-me para voltar para a caminha, mas não podia ser.
Cheia de sono e de frio apanhei o autocarro que passava ali perto juntamente com um rancho de miúdos que ia para a escola. Olhei para o relógio e via as horas passar enquanto o autocarro - que era suposto ser rápido - desfilava por ruelas e curvas, aldeias e vilas. Rezava secretamente para que nas ruas apertadas não nos cruzassemos com carros ou o raio da camioneta teria de fazer marcha atrás ou ficávamos ali entalados. Sinceramente senti que estava a fazer turismo! Aquilo parava em todo o lado, desviava-se da estrada principal e parecia que estava no campo a passear alegremente. Resignei-me e afundei-me no banco do autocarro enquanto ouvia música no MP3 e disfrutava da vista (tentando não olhar para o relógio).

Cheguei à estação de comboios de Sintra já atrasadérrima enquanto ouvia a voz mecânica da "senhora" a informar que o comboio com destino a Lisboa iria partir da linha 3. Decidi correr, "picar" o bilhete e entrar no comboio a correr. "Ufa, ainda consegui!!", pensei eu contente enquanto olhava para os lados e via a carruagem muito escura e vazia. Olhei pelas janelas e vi outro comboio, noutra linha. Espreito para fora: estou na linha 1 e não na linha 3!! Entre o "vai não vai" de sair a correr, vejo o comboio correcto partir em direcção a Lisboa.... toca de esperar mais não sei quantos minutos...

Quando finalmente o comboio parte rumo a Lisboa segue-se um infindável número de estações e apeadeiros (todos grafitados e pintados) que nunca mais acabam, com direito a ter de trocar de comboio pelo caminho e a cheiros incaracterísticos.

O que sei é que cheguei já cansada e atrasada ao trabalho e fiquei com muitas saudades do meu comboio lindo que vem da margem sul! Agora cá turismos na linha de Sintra é que não!

domingo, 14 de novembro de 2010

Cinema caseiro

Fim e semana é sinónimo de filmes! Até agora foram dois:


The Expendables - Filme que conta com uma colectânea de actores conhecidos e vale apenas por isso.
O atractivo de ver Silvester Stallone, Mickey Rourke, Bruce Willis, Jet Li, Arnold Schwarzenegger e Eric Roberts juntos era mais que muito e levava-me a crer que teria ali umas horas de divertimento.



Pois bem, enganei-me! A história é desenchabida e enfadonha, existe um vazio enorme em termos de enredo e nem sempre existe um fio condutor. Mesmo os actores mais conhecidos aparecem apenas por breves minutos. O Bruce Willies e o Arnold Schwarzenegger, apesar de serem cabeça de cartaz, aparecem em apenas um take de poucos minutos (nem sei se chega a 5 minutos). O Mickey Rourke para lá caminha.



Filme fraquinho, que promete muito e afinal...











Julie & Julia - Já me tinham falado bem do filme mas não sabia bem o que esperar. A verdade é que o filme surpreendeu pela positiva!

A história de duas mulheres com a paixão da cozinha em comum está muito bem construída, remetendo-nos para um universo muito próprio.

A Meryl Streep está fantástica (como sempre) e conseguiu construir uma personagem bastante cómica e particular.

E aqui fica um bom exemplo em como devemos perseguir os nossos sonhos e nunce desistir do que nos faz feliz.
Até podemos inspirar outras pessoas. :)




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vai um lenço?

Ai....a senhora astróloga tinha mesmo razão. Estou com uma constipação em cima, ou melhor, entranhada!
Já ando a espirrar-me toda e com o corpo semelhante a açorda. Queria mesmo era a minha caminha e um chá quente e mimos. Isso é que era! Agora estar aqui a carregar dados numa base informática chata é que não está com nada.

E amanhã piora, com reunião de manhã e estagiárias de tarde. Eu fui feita foi para trabalhar em casa!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A senhora acertou!

De manhã li no jornal gratuito o meu horóscopo. Dizia que estava sujeita a constipações.

A verdade é que a meio da manhã comecei a ficar com uma impressão na garganta e agora estou com dores e toda mole e a ranhoca aproxima-se!

A senhora astróloga acertou!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Igor na Associação Bianca

Sem conseguir arranjar um dono ou pelo menos uma Família de Acolhimento Temporário para o cão que andava na minha rua - e que baptizei de Igor - acabei por o levar à Associação Bianca, no concelho de Sesimbra.
Já tinha acordado previamente com uma das responsáveis e com o coração apertado no sábado de manhã lá fiz aquilo que achei ser melhor para ele. Meti-lhe a trela e ele veio todo contente comigo, saltando imediatamente para dentro do carro. Veio todo satisfeito a espreitar pela janela ou deitado no banco. Via-se que estava habituado a andar de carro.

Ao chegar à Bianca percebi que as condições não eram fantásticas: um terreno de terra batida, onde estavam espalhadas algumas casotas com vários cães presos uma vez que não existiam boxes. Veio-me à memória o tempo que passei numa outra associação de protecção de animais. Passado tanto tempo voltava a pisar aqueles caminhos...

Apesar da minha angústia fiquei mais calma: pelo menos ali ele estava protegido do frio e da chuva, de ser atropelado ou morto. Tem comida, água e cuidados médicos.
Foi-lhe detectato o chip, embora isso não augure nada de bom na medida em que parece ter sido abandonado na mesma. A responsável até ficou com a sensação de o cão não lhe ser estranho, referindo que poderia ter sido adoptado à associação há uns meses antes.
Só a partir de hoje poderíamos saber alguma coisa uma vez que os serviços onde ficam registados os chips apenas funcionam de 2ª a 6ª.

Ele lá ficou, preso, a olhar para mim.
Eu cá fiquei, com uma ferida enorme no meu peito. Parecia que eu própria o estava a abandonar.

Como conseguem as pessoas fazer isto? Dormem de consciência tranquila?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais

Tenho aparecido pouco por aqui. O desânimo foi tomando conta de mim sobretudo por causa desta situação do cãozinho.

Contactei várias associações de defesas de animais, coloquei anúncios em montes de sítios e simplesmente não obtive respostas positivas. Apenas ontem recebi um e-mail da associação Bianca dizendo que poderia levar o cão no próximo sábado. Tinham-me informado há 1 semana que estavam sobrelotados, mas pelos vistos lá surgiu uma vaga.
Tudo isto parte-me o coração. Sei que a situação é tudo menos ideal, mas acredito que ele esteja melhor num sítio destes, onde pelo menos é cuidado, não passa fome nem frio, do que exposto às vicissitudes da rua.

Tenho feito o que posso, todos os dias lhe levo comer apesar de ter ficado dois dias sem o ver e ter temido o pior. Vi-o ontem, a coxear, o que denuncia que levou uma pancada de um carro ou se envolveu nalguma luta com outros cães.

Eu e os meus pais improvisámos um abrigo rudimentar no fim de semana, na altura do temporal. Umas pedras, uns restos de mesas, um caixote de cartão foi o melhor que conseguimos. Nem sei se ele vai para lá, penso que não, mas pelo menos tem aquele espaço à disposição - um T0 com vista para o pinhal!

E é nestas alturas em que me sinto pequenina, frustrada, impotente e que cada vez mais perco a fé na humanidade. Como foi possível terem abandonado um cachorro de casa preso a um poste e entregue à própria sorte?

Lá se costuma dizer que "quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais..."