quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Adopção do Spencer

Tenho andado numa fase coincidente com o tempo: fria, monótona, cinzenta, sem graça... Os dias correm iguais e acabo por me deitar muito cedo numa tentativa de fugir do frio e da realidade. Dormindo esqueço.
A juntar a este estado de espírito existe uma preguiça latente que me impede de agir. Penso em milhares de coisas que gostava ou precisava de fazer, mas depois chego a casa e caio no marasmo.
A juntar a isto tudo uma alta desmotivação com o emprego agravada na última semana com mais episódios tristes de lutas de poder e onde sou tratada como uma miúda sem credibilidade por parte de professores mais velhos. Estou cansada e desgastada...

No meio de tudo isto apenas uma notícia de realce que anima os dias: o cão que levei para a associação BIANCA foi adoptado!
O Igor Zagreb Vaticano, conhecido na BIANCA por Spencer, foi adoptado a semana passada por uma família que já o tinha ido ver no sábado.


Curiosamente nesse sábado cruzei-me com a família e até estivemos a falar um pouco. Iam com a intenção de adoptar uma cadelinha mas viram o Spencer e apaixonaram-se. Ele deve ter percebido que a sorte dele ia mudar porque estava histérico! Saltava, pulava, mordia, brincava, enfim...fiquei toda suja de terra e baba de cão.

Claro que se fica sempre com algum receio("será que ele está bem?", "Será que o tratam bem e agora é para a vida toda?"), mas pelo menos ele tem a oportunidade de ser feliz, de ter uma vida diferente.

E há que ter fé, não é mesmo?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

II Guerra Mundial

Tenho um amigo que é fanático pela temática da segunda guerra mundial e por isso foi com agrado que requisitei um livro no winkingbooks para ele.
O livro chegou há algum tempo e coloquei-o em cima da mesa de cabeceira para depois lhe entregar. Mas o livro ia sorrindo para mim, com aquele título apetecível e acabei por abrir as primeiras folhas e ler as primeiras linhas enquanto tirava umas meias da gaveta.
Dei por mim e já estava estiraçada em cima da cama a ler as primeiras folhas completamente inebriada num livro de história (quem diria!)


A verdade é que sei muito pouco sobre as Guerras Mundiais. Aliás, da I Guerra Mundial o pouco que aprendi foi através de livros de banda desenhada do Corto Maltese no final do ano passado! Ei, nada de gozar! Antes aprender assim do que de forma nenhuma, não é mesmo? E aliás até me incutiu o desejo e vontade de aprender mais sobre o assunto. Acho que existe um grande desconhecimento sobre estas temáticas e sempre ouvi dizer que devíamos aprender com os erros do passado para não os voltarmos a cometer no futuro...

Mas pronto, esta conversa fiada para dizer que a História revela-se sempre bem mais complexa do que aparenta à primeira vista e nas poucas páginas que li deu para ver que os meandros são bem mais obscuros do que aquilo que suponha. Ignorância ou ingenuidade talvez...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os homens preferem as loiras

Hoje por volta das 22:30 é apresentado na RTP Memória o filme "Os homens preferem as loiras", um clássico cinematográfico que por acaso nunca vi!

Como não sei se vou conseguir ver tudo (cheira-me que com a gripalhada que já se está a manifestar às 21:00 já estou na cama...) já agendei a gravação. Assim vejo quando me apetecer!

Coisas...

Hoje acordei com alguma tosse, e daquela que faz doer os pulmões e brônquios, tão típico em quem teve bronquite quando era mais nova.
Com o passar dos minutos fui detectando uma moleza generalizada pelo corpo todo que se traduziu num sacríficio enorme para vir trabalhar.



Ok, normalmente já custa sair da cama quentinha e largar os gatos para vir bulir, mas hoje tem sido horrendo. Quando cheguei ao meu posto de trabalho o meu corpo estava todo dorido, nem tinha posição para estar, estava com frio e sem a mínima pachorra para aqui estar. Aos poucos estou a melhorar, em muito devido aos comprimidos que tomei.

Entretanto ontem enviei mais um livro através do Winking Books, a Comédia do Diabo, de Balzac, a um leitor do Porto.



Já enviei alguns livros através do site e também já recebi alguns, como o "Segura-te ao meu Peito em Chamas" do Possidónio Cachapa, "Os da minha rua" do Ondjaki e "A história da II Guerra Mundial" do R.A.C. Parker. Os dois primeiros eram livros que queria ler já faz algum tempo para conhecer os autores, mas custava-me estava com receio de arriscar. Assim acabei por adquiri-los nesta modalidade.

Também já coloquei no inventário alguns livro que tenho lá para casa e dificilmente os irei reler. Assim é uma forma de fazer uma reciclagem às estantes.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fora a MIcrosoft


Tive a sorte de me arranjarem um portátil em segunda mão que tem feito as minhas delícias. Eu tenho um computador de torre, daqueles grandes que começa a cair em desuso, mas de que gosto, sobretudo para jogar até porque tem boas características. Mas a verdade é que o portátil se torna mais prático uma vez que o posso utilizar em qualquer local e contexto.

Por isso, nos últimos dias tem sido um fartote de boa vida porque posso enrolar-me na caminha a ver filmes e séries ou, tal como agora, estar a escrever no blog enquanto o lume na lareira arde.
A verdade é que muitas vezes nem ligo o computador (a torre) por pura preguiça, e o portátil vem colmatar um pouco isso.

Além disso instalaram-me uma versão qualquer do Linux, o Ubutu. Eu não percebo nada de informática no geral nem de Sistemas Operativos no particular. Sou tão boa nisso como em manter uma lareira acesa ou fazer trabalhos manuais, mas a verdade é que noto o computador muito mais rápido do que com o clássico Windows.

E o grafismo e interface é tão fofinho!! Esse é o meu desktop:

Acende-te porra!

Continua a ser impressionante a minha incapacidade de manter uma lareira acesa...
Isto devia vir com manual de instruções ou com um Cromossoma Y de oferta.

Acender é sempre fácil, o lume pega bem graças às pinhas e paus pequeninos que fui recolhendo com a ajuda dos meus sobrinhos, numa tarde em que nos dedicámos só a isso. O problema são os troncos maiores e que ardem mais lentamente. Fazem fumo, ficam negros e nada de arderem... Vejo a lareira a definhar enquanto a tento salvar mexendo e remexendo e colocando pauzinhos, mas pronto...
Tenho tanto jeito para manter uma lareira como para fazer brownies, que ficam sempre rijos que nem sola de sapato. :(

E o ambiente aqui está óptimo... Lareira acesa (quer dizer, a definhar, mas entende-se a ideia), música baixinha, portátil e uma queijada de Sintra a acompanhar o café. Os gatos também estão a gostar.
Então porque é que o raio da lareira nunca fica como a dos filmes?!
Acende-te porra!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A roubalheira está na moda

Ontem fui assaltada novamente!
Não, desta vez não foi numa tasca de fados mas sim numa bilheteira, por uma senhora vestida de azul. Então não é que o raio do passe aumentou mais de 3€?! Que roubo! E a senhora ainda diz aquilo com um sorriso e eu ainda lhe dou o dinheiro com toda a calma. Quer dizer, sinceramente fiquei com vontade de agarrar as notas e não largar, até pensei que tinha ouvido mal.

Já tinha tido um choque semelhante quando meti gasolina, mas já estou tão habituada às subidas da gasolina que nem me surpreendeu muito. Agora o passe?! Daqui a pouco pagamos para vir trabalhar! Uma coisa é falar de crise, como um monstro distante e étereo que mais parece o Adamastor, outra coisa é sentir o efeito na pele, ou neste caso na carteira!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Convidas-me para ir a tua casa?

"O almoço na minha casa era perto do meio-dia. Às vezes quase à uma. Ao meio dia e quinze, o Jika tocava à campainha.
- O Ndalu tá? - perguntava à minha irmã ou ao camarada António.
- Sim, tá.
- Chama só, faz favor.
Eu interrompia o que estivesse a fazer, descia.
- Mô Jika, comé?
- Ndalu, vinha te perguntar uma coisa.
- Diz.
- Hoje num queres me convidar para almoçar em tua casa?"

In "Os da minha rua" - Ondjaki

Eu também conheço muita gente assim!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Balança que não cai

Todos os anos por esta altura oiço falar em balanços do ano que passou e resoluções para o ano que agora começa.

Aprendi com a psicoterapeuta e um amigo a fazer listinhas para me orientar e consciencializar do que realmente é importante, mas também para assumir um compromisso comigo mesma. Através da escrita as ideias e resoluções não são apenas aéreas e voláteis, mas concretizáveis, palpáveis. E quando começamos a cair na preguiça ou descrença ali estão elas, aquelas palavras que escrevemos num momento de fé, em qualquer papel amarrotado para nos lembrar que não podemos desistir e é sempre possível melhorar.

Mas eu, que adoro estas listas, este ano ainda não fiz nenhuma com as minhas resoluções e objectivos! Tenho andado numa preguiça latente e acabo por me estiraçar no sofá à espera que o dia termine. Nem para pensar tenho pachorra...

No que toca a balanços acontece o mesmo. Quer dizer, o balanço é um processo contínuo, gradual, não aparece por geração espontânea no dia 31, mas ainda não comecei esse processo de maturação interna. Já percebi que foi um ano muito importante, talvez dos mais importantes nos últimos anos e, apesar de tudo, tranquilo. Falta-me ainda uma introspecção mais profunda para perceber em quem me tornei durante o ano que passou e quem quero ser neste ano que agora começa.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2010 já cá canta, venha 2011

O dia 31 foi feito de stresses que começaram ainda na véspera quando me desloquei ao supermercado para comprar o repasto para as visitas que iria ter lá em casa durante o fim de semana.
Comecei por ir comprar uma cortina de banho nova que a que lá tinha já estava pela hora da morte. Como eu sou uma gaja simples, demorei uma eternidade a escolher uma porque não gostava de nada do que via e cheguei a casa e vi que tinha comprado uma errada.
Passei às comidas num supermercado a rebentar pelas costuras, onde as caixas de camarão já estavam a desaparecer à mesma velocidade que o meu ordenado ao longo do mês! Em cada esquina assistia a casais a escolherem comida e a debaterem o que seria o menú e senti-me uma tónhó por estar ali sozinha a planear coisas que não queria. Mas também percebi que não era a única a stressar quando assisti a casais a discutir entre as laranjas e as batatas sobre a Passagem de Ano.
A sexta-feira passou-se na limpeza e arrumação da casa, enquanto sentia que gostava mesmo era de já estar em 2011, sem direito a borgas ou festinhas farsolas onde tenho a obrigação de me divertir. O tempo foi passando, e à medida que as minhas tarefas foram acabando fui-me sentindo mais calma e relaxada.
Quando chegou a festa já me encontrava mais serena e a noite acabou por ser assim - tranquila. Não foi uma borga e festarola descomunal, mas a verdade é que também não foi um inferno. Apesar de tudo tinha algumas pessoas conhecidas ali de quem me fui socorrendo. Foi apenas mais uma noite onde sinceramente nem notei ser diferente ou data especial. Dancei, comi (pouco, curiosamente), ri, aborreci-me, enfim, tive direito a (quase) tudo.
E as visitas acabaram por ficar pouco tempo lá em casa, pelo que as limpezas e a comida toda que comprei foram despropositadas. Ou melhor, o stress que passei foi despropositado e sei que é algo que tenho de mudar - descomplicar. Mas sou gaja! E gaja que é gaja é complicada!