sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Jogos de Computador dos anos 90

Ontem após uma qualquer conversa, dei comigo a tentar lembrar-me do nome de um jogo de computador no qual me viciava quando era mais nova. Não sabia o nome pelo que fui procurando em listagens de jogos de computador dos anos 90. O resultado foi uma valente nostalgia, porque nessa busca acabei por encontrar outros jogos que fizeram delícias há decadas atrás.
Na altura os jogos não eram comprados nem vinham em Cd's ou DVD's, eram arranjados pelos colegas de escola, em disquettes e arrancavam no sistema operativo DOS. Ficava sempre tudo cheio de vírus e os jogos basicamente eram um conjunto de pixeis coloridos que se mexiam. E mesmo assim aquilo era para nós fantástico e eu perdia horas de volta daqueles jogos. Eis alguns exemplos do que costumava jogar:


Crystal Caves - Jogo de 1991, foi um dos primeiros jogos que tive. Amava este jogo que basicamente era um jogo de plataformas mal enjorcado. Vestíamos o papel de um mineiro espacial de capacete laranja que tinha de recolher todos os diamantes das cavernas. E claro que existiam obstáculos e inimigos mortais! Estava tão batida nisto que consegui acabar este jogo várias vezes e já sabia as manhas todas. Ainda era jogado com as teclas de direcção, e mais um botão para saltar e outro para disparar, nada de complicado como nos jogos de hoje!






Golden Axe - Jogo de 1989, fez também parte dos primeiros jogos que possuí. Até me recordo que este foi a minha prima que me arranjou, ela que tinha computador há mais tempo, um fantástico 386! Este jogo penso que era oriundo das máquinas e foi adaptado a video jogo. Encarnávamos a personagem de um Viking (ou algo semelhante) e podíamos escolher um dos três personagens possíveis. Aqui na imagem estão dois, mas por acaso eu preferia o viking gorducho que em vez de espada tinha um machado. Era um jogo difícil mas que dava a possibilidade de jogarem duas pessoas simultaneamente e se ajudarem. Este também foi daqueles que consegui acabar!



Mad TV - Este foi o jogo que me levou a iniciar esta pesquisa ontem e descobrir todos os outros. Trabalhávamos numa estação de televisão e éramos os responsáveis pela programação, desde o serviço noticioso, aos filmes e documentários ou as séries que podíamos construir escolhendo as personagens ou a história que queríamos. Tínhamos um budget e audiências que tínhamos de gerir. Basicamente é um dos primórdios de simuladores, tão frequentes hoje em dia. O jogo é de 1991, mas só o tive uns anos mais tarde. Foi graças a este jogo que comecei a conhecer grande parte dos clássicos do cinema (o Rear Window - Janela Indiscreta originava sempre grandes audiências) e ouvi pela primeira vez falar de Dali.



KGB - Este jogo foi um pesadelo durante muitos anos porque nunca o consegui acabar, nem na primeira vez que o tive, nem anos mais tarde quando o reencontrei. De 1992 este jogo retrata a fase final e decadente do KGB. Basicamente somos um agente desta organização e temos de resolver um homicídio. Obviamente a história complica-se e ganha vertentes políticas. Foi a partir deste jogo que comecei a adorar os RPG, onde tinha de descobrir enigmas e pistas. Os bonecos são quase pixeis, mas a história estava bem construída e era uma inovação no estilo de jogo além de ter detalhes engraçados (reparem no poster ao fundo). Agora, que era estranho criancinhas jogarem um jogo chamado "KGB" com vertentes políticas....bem, isso era!




Dune - Este foi outro jogo que fez as minhas delícias e que consegui acabar! De 1992 baseava-se no filme do David Lynch com o mesmo nome e que conhecia de pequena, na altura das cassetes em VHS. As personagens são as mesmas do filme e encarnávamos o Paul Atreides, figura central da história. Aqui existe uma mistúria de RPG, onde descortinamos pistas e passos que temos de dar para o desenvolvimento da história, mas sobretudo estratégia.
Anos mais tarde joguei outras versões do Dune mas já nada tinham que ver com esta...



Perestroika - Voltamos aos jogos com nomes, temáticas e grafismos Soviéticos. Pelos vistos tinham alguma importância a nível de mercado...
Este figura, igualmente, nos primeiros jogos de computador que tive, os tais que vinham em disquetes cheias de vírus. É de 1990 e recordo-me da música inicial que era um cântico soviético. Se dúvidas restassem a imagem do Gorbachev esclarecia tudo.
Isso daria a entender que o jogo seria algo complexo ou do estilo do KGB, com uma vertente política associada! Mas...não! O jogo basicamente consistia em controlarmos uma rã que saltava de nenúfar em nenúfar (que iam desaparecendo e aparecendo) apanhando ovos e que tinha de chegar em segurança ao lado oposto. Um PacMan actualizado com música soviética.
Este jogo era fantástico!



Muitos faltam aqui na lista, por exemplo o Wolfenstein 3D ou SimCity (o que eu gostava de pôr o Godzilla a destruir a cidade) mas estes realmente marcaram-me, até porque alguns deles foram mesmo os primeiros jogos que tive.
Agora olhando assim para trás... que coisa esquisita que se jogava!
E mesmo assim, era tudo tão fantástico...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Óperas, operetas e afins...

Continuo sem perceber porque é que os bilhetes de ópera são tão caros. Quer dizer, eu percebo, tem de se pagar aquela gente toda, mas o preço pode fazer com que acabe por ser um espectáculo sobretudo elitista, onde só tem capacidade para ir quem tenha uma conta bancária confortável.
O que é uma pena porque eu, apesar de não perceber quase nada, gosto imenso de Ópera, faz-me vibrar!

E agora estreou no Teatro Nacional de S. Carlos "O Morcego", do Johann Strauss II, com preços dos 25€ até aos 425€ (para camarotes).


E eu que gostava de ver a estreia de Maria Rueff no papel do carcereiro bêbado...

Novelos

Duas conversas com dois amigos, em duas fases diferentes do dia.
Duas conversas que nada tendo que ver uma com a outra me fizeram pensar, questionar.

E esta permanente sensação de que tenho de deixar o meu abrigo e me expor, me partilhar, porque apenas na partilha podemos ser nós próprios.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Providência (quase) divina

Ontem ao fim da tarde caiu granizo na zona de Lisboa.

Ainda assisti a um bocado do jogo do Benfica com o Hertha porque estava com esperança que os jogadores que vestiam de encarnado fossem fulminados com uns quantos calhaus, mas eles conseguiram escapar.

Que pena...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dogmeat come here!

Em conversa com um colega aqui do trabalhei comentei, há um tempo atrás, que tinha começado a jogar o Fallout 3. Ele alertou-me na altura que apesar do jogo ser fantástico era viciante e que teve de o deixar de jogar para quebrar esse vício. Quando ele me disse isto desdramatizei e não liguei muito, mas agora percebo o que ele queria dizer porque estou completamente vidrada naquela porcaria. Eu, uma gaja de 30 anos, viciada numa treta de jogo de computador... sem comentários...
O jogo é todo ele deprimente (desde as características das personagens aos cenários pós guerra atómica onde tudo se encontra destruído), causa-me ansiedade e como sou *cagarolas* fujo mais das situações que as enfrento. E mesmo assim continuo a achar tudo soberbo, a ver sites sobre o jogo, a pensar naquela porcaria quando estou a fazer outra coisa qualquer.
Tento controlar o vício obrigando-me a não jogar ou a deixar de jogar a determinadas horas. Mesmo assim esta situação é toda ela muito estranha...

Agora arranjei uma companhia, um cão chamado Dogmeat que encontrei numa sucata. Segue-me para todo o lado.

Na vida real os cães não me ligam nenhuma, dão-me um desprezo enorme, pelo que parece que tenho mais sorte com as bichezas virtuais!

Na minha vida nem os gatos são normais:

O Pépe mia (que se farta!) mas não ronrona.

A Zara ronrona que nem uma mota mas não mia.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não são meus sobrinhos, de certeza!

O meu sobrinho mais novo costuma ficar em casa dos meus pais durante a semana, substituíndo assim o pré-escolar pela "old fashion way", em que os putos iam para casa dos avós e brincavam na rua e coisa e tal.
Ontem como estava por perto acabei por passar por casa dos meus pais para lhes dar um beijinho e ver como andava a gataria e afins.
Entrei no quarto onde estava o gaiato a brincar e dou um grito abafado: no chão à volta dele, além de estarem espalhados uma quantidade enorme de brinquedos estavam baratas! Sim, baratas, aquele bicho quitinoso que eu detesto e abomino e me provoca vómitos e azias e vómitos outra vez e me faz fugir a sete pés! Quando era pequena costumava vê-las com alguma frequência e aquilo era o pânico para mim. Recompus-me do choque e aproximei-me. O raio das baratas eram de plástico...
- "Quem é que te deu estes bichos?", perguntei.
- "Foi a mamã".

Pensei: "Brrr.... que mau gosto que aquela tipa tem. Milhares de brinquedos e animais de plástico giros e vai-me oferecer ao puto *baratas*?! Ela também fugia dos monstros quitinosos quando era pequena! O mundo está perdido...".

Ainda por cima eram imensas e estavam muito parecidas - escuras, com antenas e aquelas perninhas irritantes e enormes - e o miúdo tinha espalhado as ditas cujas pelos móveis e pela roupa. Saí dali agoniada e fui falar com a minha mãe.

- "Mãe, quem é que comprou *baratas* ao puto? Foram vocês?"
- "Não! Foi a mãe dele!"
- "Ela comprou-lhe baratas??"
- "Foi ele que quis!! Foi com ela à loja e foi ele que escolheu! Queria aquilo!"

Já tenho uma sobrinha completamente aluada que se vê à rasca para passar na escola e outra que é toda coquete e quer é bonecas e coisas cor de rosa - ou seja, o oposto de mim - além disso nenhuma delas, para meu desgosto, gosta de livros.

Ora, agora eu pergunto: além desta maldição tenho um sobrinho que gosta de baratas????
Estes putos não partilham os mesmos genes que eu, não pode!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A minha vida hoje é um 3!

Pior do que pensar que tenho que vir trabalhar hoje é pensar que sábado tenho uma formação entediante TODO O DIA! Devia ser proibido!
É que parece que nem se tem fim-de-semana. Não dá para descansar nem para fazer nada em casa. Os gatos não miam, relincham a pedir mimos! Qualquer dia arrumam os brinquedos e a comida e saem de casa.
Ando numa fase de "entediada com o trabalho". Acho que é normal e todos passamos por isso num ou noutro momento. Há dias em que saio daqui a irradiar satisfação, em que me sinto bem e completa com o que faço, privilegiada por ter conseguido este emprego. Mas há outros dias em que acordo e penso "xi, mais um dia..." Mais um dia igual ao anterior, com os mesmos problemas, as mesmas tarefas, as mesmas disputas internas. Mais um dia em que chego a casa e tudo é igual e onde passado umas horas volto à mesma rotina.

No fundo talvez seja isso, a minha vida anda demasiado rotineira. Sinto necessidade de descobrir novas coisas, fazer novas coisas. Ainda conheço mal a região para onde me mudei. Nem sempre tenho companhia para a descobrir e começo a sentir falta de ter pessoas perto, com quem possa combinar um café a seguir ao jantar, por exemplo. Eu mudei-me há cerca de um ano, mas a minha vida e essência ficaram do outro lado do rio. Os amigos, as ruas onde me renovava, os locais que sempre fizeram parte de mim.
E sinto-me estagnada, a nível intelectual e a nível espiritual. Sinto-me a adormecer lentamente e isso causa-me desconforto.
Continuam a faltar os cortinados, os tapetes, os candeeiros lá por casa, as calças que preciso de comprar, o telemóvel que preciso de trocar, a decoração que preciso de fazer. Mas não existem perspectivas de a situação mudar...

Se colocasse a minha vida hoje numa escala de satisfação de 1 a 5, daria certamente um 3. É aquela fase em que não é péssimo mas também não é bom.
Está ali no meio, a cumprir os mínimos...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O melhor amigo do Pépe...

Cada vez que ligo o aquecedor o Pépe age como se aquele aparelho fosse o seu melhor amigo ou um qualquer Deus à face da terra, idolatrando-o de uma forma muito especial.
Esse ritual implica ficar tão perto do aquecedor que além de ficar a ferver fica tão mole que parece que está a derreter...

Qualquer dia o gato pega fogo!

Another day...argh....

Estou a precisar de férias! Mas daquelas férias em que se passa uma tarde inteira num café a ver a chuva cair ou a fazer listas de objectivos ou de compras.
Daquelas férias em que se fica enrolada no sofá a ver filmes e séries, em que se vai ao cinema de tarde e se consegue andar à vontade num centro comercial, em que se descobrem novos locais e novas pessoas ao pé de casa.
Em que se fazem arrumações em casa que implicam reestruturações ou jogar fora carradas de lixo e papeladas inúteis, em que se brinca e mimam os gatos com tempo, em que se consegue estar com os amigos que não vemos há muito tempo e com a família.

Aii!! Estou tão fartinha do trabalho!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Adivinha:

Quem é a parva qual é ela que na sexta-feira passada não sabia do passe, andou a pagar viagens de comboio, andou na net imenso tempo a ver o nome de uma pastelaria no Porto por onde tinha passado para telefonar a perguntar se o raio do passe lá estava, preencheu a papelada com carácter de urgência para um novo passe (mais caro e só pode ser levantado numa estação), ter apanhado uma pilha de nervos para hoje à hora de almoço o descobrir caído no chão?

Acabei! Acabei!

Dois volumes e mais de 1000 páginas depois acabei o D. Quixote!!
Agora fiquei com vontade de ver o filme, que até tem actores e actrizes conhecidos:

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Os gajos são loucos carago!

No meu trabalho por vezes tenho serviço externo, normalmente em Lisboa ou arredores, mais esporadicamente para outras zonas do país. Ontem foi um desses dias, numa odisseia difícil de esquecer.
Tinha agendado uma reunião no Porto e como tal requisitei uma viatura de serviço previamente, o que é sinónimo de "chasso" a cair aos bocados, com grande probabilidade de ficar empanada na estrada.

Uma vez que ia para o centro do Porto lá me aconselharam a requisitar também um GPS para facilitar a tarefa. Pensei "Uau! GPS! Que chique!", eu que normalmente me guio por mapas desactualizados.
E aí começou o fadário... às 6:20 da manhã tive a confirmação de que o GPS não funcionava, estava como que *bloqueado*. Mas como sou uma mulher prevenida levei num post it rançoso alguns pontos de referência e tinha impresso no site da Michelin o itinerário. Comecei foi a perceber que o post-it e o itinerário Michelin não coincidiam (e o GPS morto), pelo que tive que improvisar. Ora improvisar no Porto quer dizer o mesmo que me perder! E foi logo no início...

Queria chegar à rotunda da Boavista e com o raio dos sentidos obrigatórios enganei-me e em vez de virar à esquerda virei à direita. Tentei voltar para trás e foi impossível. E porquê? Porque não existiam ruas para virar à esquerda nem rotundas!!!!!! Que raio de cidade é aquela Meu Deus! Tive obrigatóriamente de seguir em frente e já andava pelo Palácio de Cristal e sei lá mais por onde. Ao fim de imenso tempo e alguns golpes de sorte lá consegui chegar ao raio da Boavista. E isto enquanto a chefe de serviço me telefonava a dar indicações para a reunião "não se esqueça disto! Alerte para aquilo!".
A partir daí fui seguindo as indicações da folha impressa e dei por mim e estava perdida (e os minutos a passarem). Parei em frente a uma drogaria e decidi perguntar e lá me orientaram para um dos pontos de referência, a Igreja da Lapa. Mais não sei quantos minutos em ruas apertadas à esquerda e à direita (com um carro que não tem direcção assistida) e eu, tal como num filme cómico, a ver o raio da Igreja e passava ao lado, por trás, e sei lá mais por onde, mas não pelas ruas que queria! E isto por causa dos sentidos obrigatórios e proibidos. E os minutos continuavam a passar e eu já atrasadíssima para a reunião. Dei por mim já andava sei lá por onde... ele era Aliados, ele era a Constituição, ele era sei lá o quê...
E depois os portuenses são doidos a conduzir! Não fazem pisca e viram. Nããã!! Eles viram e depois fazem o pisca! Ia batendo várias vezes à pala destas tripeiradas.
Em mais uma rua estreita a pique no meio do Porto (já a igreja tinha ficado lá para trás) e com carros a fazer marcha atrás e quase a baterem no meu, decidi dar um grito de revolta! Estacionei a sucata velha num parque qualquer e decidi ir a pé. E foi o melhor que fiz. Ainda tive de andar um bocado, passar em sítios esquisitos, pagar um dinheirão de estacionamento mas se não fosse assim ainda andava hoje à procura do sítio da reunião.
Quando lá cheguei deparei com uma rua calma e com sítios para estacionar e perto da Igreja da Lapa que, imagine-se, fica pertíssimo da rotunda da boavista!

Para sair do Porto...tcharan!!! Mais uma hora! Lá andei perdida, mas desta vez mudei o itinerário e passei pela praça dos leões, a rua Ferreira Borges (que me lembra sempre o Monopólio) e sem saber como já andava nas ruas estreitas e velhas do Porto onde cabe apenas um carro mas que afinal tem dois sentidos! E isto tudo, como se recordam, com a sucata em que é preciso comer 5 bifes para virar o volante 1 cm. Enfim...

Em hora de ponta e a querer ver uma tabuleta que dissesse *Lisboa*, fui dar à porra da Ribeira. Se quisesse lá ir tomar um café não conseguia, mas como estava perdida e queria ir para o lado oposto...ora bem, lá estava eu na belíssima ribeira! Fui andando na direcção oposta do trânsito, já desesperada, a ver a ponte da Arrábida à minha frente mas sem lá conseguir chegar. Mas lá diz o meu pai que "o melhor do Porto são as tabuletas a dizer A1: Lisboa" e ao fim de 1 hora perdida por becos e meandros e a fazer *turismo* forçado na capital do norte, lá achei a bendita tabuleta. Ahhhh...quase tive um orgasmo psicológico! A partir daí a coisa ficou facilitada e quando entrei na Auto-estrada dei pulinhos de alegria no banco!

Agora eu deixava aqui um guia de sobrevivência para se conduzir no Porto:

* Que raio de ruas são aquelas que apenas têm tabuletas num dos lados? Ou seja, quem sobe uma rua tem de parar e esticar o pescoço para trás para ver o nome da rua! Isto quando existem num dos lados! Solução: cagar nas indicações e nomes de ruas;

* Quando alguém se engana numa rua é impossível voltar para trás porque não é possível virar à esquerda nem existem rotundas. Solução: Não há, é seguir em frente e rezar para não se ir parar a Espanha;

* Deixar uma distância de muitos metros em relação ao condutor da frente, pare ele poder fazer mudanças bruscas de direcção quando lhe apetecer ou fazer maluqueiras em marcha atrás e quase bater no nosso carro;

* Já que ninguém nos dá passagem a solução passa por nos enfiarmos numa manobra louca e perigosa à condutor de "carros de tunning" e esperar que não nos batam. Quando começarem a dizer asneiras, replicamos e damos ar de que temos nós a razão apesar de termos sido obrigados a passar um duplo traço contínuo;

* Não existem tabuletas com indicações para sair do Porto, apenas tabuletas com sítios turísticos como o Museu do Vinho do Porto e...mais nada. No Porto não existem sítios turísticos. Cá para mim os gajos são loucos e quem entra ali já não sai! Solução: Tentar manter a sanidade, apreciar o passeio turístico em ruas apertadas e escuras e com sorte pode ser que se ache uma tabuleta ao fim de 5 horas.

* Não existem faixas de rodagem porque estão todas ocupadas com carros em terceira fila. Solução: avançar pelo meio da faixa em contramão.


Talvez com este texto se possa pensar que sou uma lisboeta que detesta o porto, numa espécie de bairrismo desproporcionado. Errado. Aprendi a gostar do Porto, a apreciá-lo. Bem, na verdade adoro o Porto! Acho-o bonito e charmoso, é uma cidade que inicialmente se estranha e se desgosta, mas depois se entrenha.

Amo Lisboa, a luz, o cheiro, as vivências e misturas. Lisboa é uma cidade Cosmopolita (a minha cidade), mas o Porto, para mim, é o oposto. É uma cidade ainda muito virada para o passado, para o tradicional, com as casas baixas, velhas e escuras e comércio tradicional e antigo, conjugado com algum modernismo e charme. Dá uma mistura estranha, mas muito boa.


Mas que eles são loucos a conduzir, são! Fiquei traumatizada!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fallout 3

Novo jogo, novo vício.
Como já tinha acabado o Obscure, e o meu estilo de jogos preferido continua a ser o RPG, decidi começar o Fallout 3. Já o tinha instalado mas esperava uma melhor oportunidade para o começar. Essa oportunidade surgiu ontem.

Já conhecia o Fallout2, jogo que animou muitas noites e serões quando era mais nova e que me prendeu e viciou. Infelizmente nunca consegui acabar o jogo, que tinha bastantes bugs e erros. Mas fiquei sempre com aquele bichinho de o voltar a jogar e conseguir acabar.
O jogo decorre num futuro apocaliptico, onde as bombas nucleares remeteram alguns humanos a abrigos (denominados de vaults) para que conseguissem sobreviver.
A nossa personagem nasceu e foi criada no Vault 101, que esteve sempre encerrado não deixando ninguém entrar nem sair. Até certa altura em que somos obrigados a sair e conhecer o Mundo Real.
O conceito é igual ao do Fallout 2 e o melhor desse jogo replica-se nesta continuação. Fiquei imediatamente deliciada com a introdução do jogo e com a célebre frase que tantas vezes ouvira nas minhas noites de jogatana "War. War never changes...".

Continuamos a poder criar a personagem à nossa medida, com as características que mais apreciamos, como a inteligência, carisma, força, etc. Uma espécie de Oblivion mas quanto a mim muito melhor. As paisagens apocalípticas são fantásticas e que se misturam ao longo de todo o jogo com detalhes soberbos e que remetem para uma realidade pré-apocalíptica, como rádios e pin-ups dos anos 50, garrafas de coca-cola que surgem como raridades, roupas, brinquedos ou acessórios e isso, quanto a mim, surge como um dos pontos fortes do jogo.

A jogabilidade é boa e continuamos a possuir o PipBoy 3000 com aquele boneco de ar simpático e pacífico, precisamente o antípoda do jogo.

Outro detalhe divinal são as vozes de pessoas conhecidas ao longo do jogo. Reconheci imediatamente a voz do Liam Neeson na personagem que faz de nosso pai no início, existindo ainda o Ron Perlman e a Odette Yustman.

Ontem só deu para jogar um pouco, mas estou mortinha para voltar a pegar no jogo. No fundo já sabia que iria ficar viciada, por isso fui adianado a decisão de o começar a jogar. Mas agora... agora... there's no turning back!

Vai-se Andando

Na passada sexta-feira decidi quebrar a rotina diária e ir ver o "Vai-se andando" ao Casino de Lisboa. Estava a precisar de me distrair, de me rir e nada melhor que uma stand up comedy para o fazer.

Nunca tinha assistido a nenhum espectáculo no Casino e fiquei agradada com as condições do auditório, que tinha um aspecto mais chique que eu.

O José Pedro Gomes esteve muito bem, num espectáculo repleto de gargalhadas e tiras cómicas feitas à medida. As caricaturas feitas ao típico português e à forma como vemos e vivemos as situações estão muito bem conseguidas. Acho que acabamos por nos identificar com o que ali é exposto, desde o português que vai no domingo ao supermercado de fato de treino e meia branca, com mocassin a *condizer*, ou a gastronomia tradicional portuguesa, as deslocações à praia ou a forma como vivemos a sexualidade.

Saí muito bem disposta e a pensar que até os meus pais iriam gostar do espectáculo. Pena estar quase a sair de cena...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Palhaçadas no Jardim Infantil

No outro dia estava no comboio e ouvi a conversa de duas mulheres que diziam "com tantos problemas no país, foram aprovar a palhaçada do casamento dos homossexuais. É uma palhaçada!"

Ora, eu julgava que palhaçada era o país estar como está e o Governo e os ministros quase andarem à estalada por causa do Orçamento de Estado e das Finanças Regionais. Parece um jardim infantil onde uns querem prejudicar os outros só porque são de outro partido e depois esse vem fazer queixinhas e dizer que não brincam mais juntos.
No fim amua tudo.

Isso sim, é uma palhaçada! (sem ofensa para os palhaços!)

Consegui!

Acabei o Obscure!!
Depois de muitos saltos, tiros, charadas e quebra-cabeças, lá consegui terminar o jogo. E um bocadinho antes de se acabar a bateria e ir aquilo tudo para o caneco.

É um jogo muito giro, aconselho vivamente!

Super Fashion!

Ah!
Que bom que é vir cedinho para Lisboa para fugir ao trânsito, tomar um banho em casa dos pais, vestir umas calças de ganga e quando me baixo.... Rrrrrasssgg!! Rasgadinhas e logo na zona do rabo.

É o que dá comprar roupa nos saldos!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E esta einh?

E ao ver possíveis destinos turísticos descobri, por acaso, que o Petzi é oriundo da Dinamarca!



Serei a única ignorante que não sabia disto??

Listas intermináveis

Há tantos filmes que quero ver.
Tantos livros para ler e folhear.
Tantos sítios para conhecer, músicas para ouvir, sensações para sentir.

Ainda há tanto para viver e a vida é tão curta...

É isso e férias!

Depois de uns dias de trabalho esgotantes, fico com a sensação de que perdi uns anos de vida em apenas algumas horas.
De qualquer forma as coisas acalmaram e renova-se a esperança de dias melhores.