sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Episódios para recordar

Ao passarinhar pelas fotos que tinha no pc deparei com esta:

Uma fotografia minha com a pandilha da escola primária, suponho que para aí da 1ª classe. É o degredo. Eu estava de vestido, sendo visível a minha cara de enjoo pois sempre foi algo que detestei. Fiquei surpreendida por não reconhecer, nem fazer a mínima ideia, de quem eram algumas das crianças da foto. Fizeram mesmo parte da minha história?
Outras reconheço claramente...Lá estava o José, o melhor a matemática mas que fazia xixi nas calças, o Nuno, que era bruto e andava sempre com ranho no nariz, a Carla Patrícia, que ainda me acompanhou até ao 9º ano e já está casada e com filhos, a Ângela que tinha imensos problemas de leitura e aprendizagem e era descriminada pelo resto da turma (encontrei-a anos mais tarde e estava muito simpática e uma mulher bem diferente), o Rogério que tinha uma paixão por mim mas era esquisito e bruto, o António que corava, tal como eu, que nem um tomate e era conhecido por fazer umas covinhas enormes quando ria (tinha a alcunha de "covinhas"), a Alexandra que tinha um riso estridente e irritante, a Vânia que fazia companhia ao Nuno no que toca a ranho no nariz, a menina indiana que não me lembro do nome, mas cujos pais tinham uma loja das do estilo que existem hoje em dia, ao fundo da rua, com todo o tipo de cacarecos, a Isilda (ninguém se chama Isilda...) que era pequenina, envergonhada e calada, a Cláudia cuja família tinha um casarão enorme como nos filmes antigos de terror, o Víctor que também se isolava muito e cujos pais também trabalhavam no comércio de cacarecos, a Sónia que vivia na rua da minha avó e portanto as brincadeiras estendiam-se para lá da escola e a Carla Sofia que era a menina mais chique e beta da turma que despertava as paixões dos meninos e que não brincava com quem não tivesse a Barbie modelo 7954210....
E lá estava ela, a professora, que me deixou intimidada e traumatizada logo no primeiro dia de aulas, mas que com o tempo se afigurou como uma pessoa extremamente importante no meu crescimento. Muito do que sou devo-lhe a ela. Ainda me lembro dos elogios em relação aos desenhos e às composições que fazia e de me incentivar na organização de pecinhas de teatro na turma às 6ª feiras.
Será que ainda está viva?
Será que tem noção da importância que teve na construção da minha narrativa?
Que será feito destas personagens do meu livro de vida?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Já chegou o passe

E não foi uma surpresa agradável!

Fiquei com "cara de passe", ou seja, uma fotografia minúscula, desfocada, que ainda me faz mais feia do que já sou.

Que vontade de o usar!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Fantasporto

Sou desde pequena fã de filmes fantásticos e de terror, um legado que a minha mãe me foi deixando quando na década de 80 via e me deixava ver filmes com estas características, e que acabaram por se tornar clássicos! Ainda hoje vimos as 2 filmes com psicopatas assassinos e histórias sem nexo, recheadas de sangue (sou uma gaja esquisita, eu sei...). Por isso o fim-de-semana foi feito de sonhos concretizados porque fui, finalmente, ao Fantasporto. Há vários anos que tentava ir a este festival mas acontecia sempre alguma coisa que me impedia de marcar presença.
Este ano, na companhia certa, concretizei finalmente um sonho de há muito! E apesar de ter visto só 2 filmes, foi simplesmente fabuloso. Finalmente estava ali, juntamente com uma multidão de geeks que gosta de zombies e filmes estranhos, tal como eu!

O primeiro filme, Virus Undead, não foi grande coisa, na medida em que tentava recriar uma espécie de epidemia, fazendo reviver "Os Pássaros", de Hitchock. Ou pelo menos era isso que dizia o resumo, porque na prática era um filme de zombies mal conseguido, sem as características típicas dos mesmos e com falhas a nível de argumentos que faziam com que a história ficasse pouco consistente. Aliás, nos últimos anos tem existido uma espécie de revivalismo sobre filmes com mortos-vivos, ou temáticas semelhantes, e este filme não foi mais que isso.

Já o segundo filme que vi estava no patamar oposto. The Unborn, apesar de não ter uma receita completamente inovadora, conseguiu ser bastante interessante a nível de argumento e de suspense.

Há muito tempo que não via um filme que me prendesse tanto, que me deixasse tão ansiosa e a "saltar da cadeira" e eu gosto verdadeiramente deste tipo de filmes. Achei curioso terei ido buscar a cabala e os Sephirots e não os tradicionais exorcismos e místicas associadas ao cristianismo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cacarecos lindos

Entre todas as prendas que me ofereceram e os cacarecos que mamãe guardou tenho um conjunto infindável de canecas e conjuntos de café.
Depois de ter perguntado a algumas pessoas chegadas se queriam canecas lindas para o leite, e me terem dito entre sorrisos que não, lá as despachei para as origens (progenitores portanto).

Agora conjuntos de café tenho... 4 conjuntos de café + 1 mini conjunto de café (uma caneca partiu-se logo ao desembrulhar). Ah, mais 2 conjuntos de chá + 1 caneca com prato para pequeno almoço + 1 caneca com tigela para pequeno almoço.

Ora...eu não tenho sequer espaço para guardar tanta caneca. E mai lindo é nem ter máquina de café!

Tenho cara de viciada em leite com chocolate e café, só pode...

O Moscatel é Meo!

E depois de muita angústia, ansiedade e móveis feios depois, lá comprei o sofá, uma mesa para pôr o pc e uma estante. Só chegam daqui a uma carrada de tempo e são óptimas para os gatos sujarem e estragarem, mas mesmo assim gostei e a decisão está tomada. O que implica o "derrape orçamental".

Também já existe Meo e ontem o final de noite foi passado no cadeirão a ouvir uma música relaxante à luz de velas (existe luz! Foi só para criar ambiente...) e com um copo de Moscatel na mão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Frágil, sinto-me tão frágil"


Fogo foguinho

Este fim de semana tive a minha primeira experiência com a lareira lá de casa. Embora já o tenha visto fazer, não é uma prática minha habitual, e portanto a coisa não correu lá muito bem.
Tinha comprado alguma lenha já há um tempo, em pouca quantidade mas de uma qualidade que supostamente "durava mais". Ok, até aqui tudo bem. Quando ia acender a lareira lá constatei que não tinha forma de a atear porque não tinha nem pinhas nem acendalhas, nem nada do género. Toca de ir ao supermercado comprar acendalhas e na volta trouxe mais lenha, de uma qualidade bem mais rasca, para o caso de "faltar". Começo a acender aquela treta e não havia forma de o raio dos troncos atearem porque eram demasiado grossos. Nem revirando para um lado, nem para o outro aquilo lá foi. Como resultado a lareira apagou-se.

Mas não desisti! No dia seguinte nova tentativa! Após uma recolha de pinhas e alguns paus mais pequenos na mata pensei "agora é que é!!". E foi! Com pinhas, paus pequenos e acendalhas, aquilo lá ateou enquanto os troncos maiores iam queimando lentamente. E ateou tão bem que a casa ficou cheia de fumo! Era uma fumarada e cheiro a "fumeiro" por todo o lado, parecia que tinha estado a assar sardinhas. A sério, não percebo. Devia existir um Workshop de "como acender lareiras". Obviamente é uma competência de vida que não domino!

Vivências

A vida e as mudanças em geral continuam no mesmo ritmo. Entre caixotes e chatices, conjuntos de cama e sofás baratos que não se encontram, a vida lá vai andando. Ontem estive praticamente todo o dia com algumas dores no peito, uma espécie de sufoco que hoje parece ter (felizmente) passado. Continuo a sentir-me stressada e ansiosa embora esteja a tentar desconstruir isso, a analisar as origens, para que possa contornar esta fase esquisita que estou a viver.
Estou a tentar definir prioridades e não dar tanta importância às chatices da vida, enquanto me tento centrar em coisas que me relaxam e fazem sentir bem, a dar-me importância, coisa que por vezes esqueço neste ritmo alucinado e nas constantes pressões exteriores que sinto.

Sei que esta noite tive um sono insconstante, com pesadelos que me toldaram os sentidos. Mais um sinónimo de que algo não está bem. O nosso corpo tem formas interessantes de nos avisar que temos de abrandar o ritmo, que a *máquina* está saturada e a chegar ao limite.

Mas isto era bem mais simples que viessemos com manual de instruções!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Merdalina....

Olhando friamente e com algum distanciamento, percebo agora que estou numa fase instável da minha vida. Muitos acontecimentos, mudanças e pressões num espaço curto de tempo estão a fazer-me vacilar, fraquejar, recordando-me épocas negras do passado. Ando ansiosa, angustiada, sempre stressada, preocupada com a vida e com as despesas, as pessoas à minha volta, as mudanças que aí vêm... tudo isso tem trazido algumas repercurssões a nível físico e emocional. Ando mais impaciente e irritadiça, acabando por discutir com quem me está próximo, ando a dormir menos e pior, sinto-me triste, insegura e com uma baixa auto-estima (oh well, parece que afinal não sou uma gaja jeitosa). O cansaço corporal generalizado tem-se vindo a agravar (afinal as dores no corpo não eram só das mudanças), bem como algumas dores no peito, dores de cabeça, etc.

Isto não é bom! Digo eu que não percebo nada disto e tenho pavor a médicos e doenças. Já passei por algo semelhante (para não dizer pior) no passado e foi a pior fase da minha vida e só de pensar que poderei passar por uma fase semelhante deixa-me paralisada. Existe aqui algo que não está a funcionar.

E só tenho Maria Antónia daqui a um mês!

Procuro novas forças em mim. Será que as tenho?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tutores?

Talvez não o devesse fazer, mas não resisto citar um excerto que li hoje num trabalho:

"Hoje compreendi que viver é ter amigos, é necessário lutar, é manter-se viva. Aprendi que o tempo cura, a mágoa passa e que a decepção não mata. O hoje é o reflexo de ontem, que os verdadeiros amigos permanecem e que a dor fortalece.
Aprendi que sonhar não é fantasia, que a beleza não está no que vemos mas no que sentimos e que o segredo da vida é viver em busca da felicidade e de pessoas especiais".

Nunca te poderei dizer isto pessoalmente, mas obrigada pela lição de vida e pela paz interior.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

New Haircut

Hoje disseram-me "Ai Dra., cortou o cabelo! Está com mais ar de «Dra.»!"

Que raio é um "ar de Dra."?

Cacos e cacarecos, loiças e loicinhas

O fim de semana foi feito de mudanças. Mudanças na nova casa, mudança de penteado, mudança de postura.
Nunca pensei que trocar uma *barraca* por outra desse tanto trabalho. Ingenuidade, claro, que quem já passou por isto até se ri na minha cara, que nem levei móveis. Os livros, que sempre foram dos meus melhores amigos, tornaram-se inimigos mortais uma vez que ocuparam imensos caixotes e pesavam que se fartavam. E andar a subir e descer escadas com caixotes carregados de livros não é de todo uma tarefa excitante. Ainda me falta levar muita coisa e já deito caixotes de cartão pelos olhos.
Fazer de estivadora é só a primeira fase, depois vem a segunda que consiste em limpar e a arrumar tudo. Não tenho conta da loiça que lavei e limpei e das descobertas fantásticas que fiz, como milhares de canecas que se foram acumulando ao longo dos anos (já despachei metade) ou paninhos da loiça chiques com cãezinhos e frutinhas recheadas de amarelo e castanho. Em grande parte das situações ainda me ri, ao mesmo tempo que fiquei nostálgica com o que reconhecia ser da minha avó e passou para mim, como forma de recordação. Achei uma pega em forma de palhaço como se usava "nos antigamentes". Hoje é impensável usar produtos desses, feitos à mão e com uma estética completamente horrorosa. Mas eu cresci ao sabor daquela pega e associo-a à minha avó e à minha infância. Pendurei-a para que também ela esteja presente ali e me sinta acompanhada nos momentos mais solitários.
Arrumar os livros foi outra desafio hérculeo, ainda por cima sem estantes tive de pôr tudo no chão, enquanto arrumar a roupa de uma vida num armário pequeno foi um quebra cabeças (e ainda falta imensa roupa que tenho a uso).
Fazer a cama foi um show porque só tinha um conjunto de lençóis que serviam (e muito lindos! bleck!) com um edredon também ele chiquérrimo que fica mesmo à conta.
No fim da noite senti um misto de emoções. Alguma solidão misturada com ansiedade e alegria por ter um espaço meu, mas também estranheza. Os cheiros, sons...tudo é diferente, estranho.
Tenho pensado com alguma preocupação também como será que os gatinhos se irão adaptar à nova mudança. Sei que o Pépe vai fazer um concerto de ópera quando for na transportadora e ambos irão estranhar o novo espaço. Mas será que se irão dar bem? Será que a mudança não os irá prejudicar? Eles agora estão a delirar com os espaços vazios e com os caixotes onde se podem esconder enquanto rasgam a fita cola sem que eu veja, mas e depois?
Bom, de qualquer forma o Pépe tem ajudado muito nas mudanças, como se pode ver... Ainda o empacoto por engano e lá vai ele! Sem transportadora e sem Zara!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

He's back!

O dehumanizer regressou!

Um mês com o ordenado mínimo

Tenho acompanhado no Expresso Online o diário de um jornalista que decidiu viver um mês com o ordenado mínimo. A experiência relatada desde o início de Janeiro vai acompanhado as peripécias de quem se habituou a viver com maiores rendimentos do que os parcos 450€ e a gestão que tem que fazer para que essa quantia chegue até ao final do mês.

E a 2 dias de receber a experiência fracassou...

Quem quiser acompanhar o relato pode fazê-lo aqui.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sou irritante e chamo-me como?


Não percebo, a sério que não percebo. Talvez seja um ser inferior ou pouco desenvolvido mentalmente, mas não compreendo como é possível gostar desta criatura!!
Andou anos desaparecido, provavelmente a viver do rendimento mínimo ou algo do género, e há uns anos apareceu com uma música e passou a ser um espectáculo e toda a gente o adorava e os fãs e o caneco. Música irritante! E quando eu pensava que não podia haver nada mais irritante que aquelas músicas e o povão a cantarolar isso em todo o lado, eis que surge a sequela! Diz que é um "mundo de cartão" e tem uma música que diz "gosto de ti porque gosto". Ora...que raio quer isto dizer? Parecem os meus formandos com a justificar trabalhos ou o porquê de chegarem atrasados....não, espera, até eles dão uma resposta mais consistente do que "porque sim". Ahhh, já sei! Os meus sobrinhos é que dão respostas dessas!Estas músicas são de uma profundidade, de uma poesia, arte que me surpreendem... E para ajudar à festarola, o fulano ainda explorou crianças para cantar com ele. E depois a música toca em todo o lado e não se consegue mudar nem alterar. Ai que seca!
Antes as delirium ou tropical ou lá como se chamavam aqueles projectos de girlsbands pimbas portuguesas. Ou mesmo o Melão!

Como diria o chato: "Vai mas é trabalhar! Fazer alguma coisa de útil para a sociedade!". Já que gostas de mundos de cartão vai trabalhar para a reciclagem ou assim pá!

É oficial

Estou farta de chuva!
Eu até sou adepta do Inverno, acho mais romântico e bonito, até porque me dou mal com o calor e não tenho pachorra para o Verão. E gosto do cheiro a terra molhada, de ouvir a chuva quando estou no quentinho.

Mas isto é um abuso!! Tanta água, tanta água! Xiça! Ainda por cima puxada a vento o que é óptimo para destruir chapéus de chuva e digamos que eu já tenho bastante experiência nisso!

Dá aí uma pausa S. Pedro!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

You have a new Quest!

Com esta história das mudanças nunca mais joguei computador.
Que saudades de jogar Airborne ou Oblivion!
Não há condições!

Soa a incoerência...

Hmm... comi Brownies, agora fiquei com vontade de os fazer!

Let the fun begins!

E cheguei à fase de começar a comprar coisas para a nova casa bem como...detectar as falhas na mesma. Situações como pequenas bolhas ou defeitos, o wc ser pequeno ou ter pouca arrumação na cozinha começam agora a "saltar à vista".
Mesmo assim existe um sentimento íntrinseco difícil de explicar. A sensação de renovação, de início de caminho, de pertença e de um espaço meu que me dão um novo fôlego.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Chamamento

Voltei a sonhar com o Caminho de Santiago, que o estava a percorrer.
O desejo veemente de voltar tem-se tornado cada vez mais forte. É como um vício que se instala lentamente, sem que nos apercebamos muito bem do quando ou porque acontece.
E esse vício traduz-se numa busca interior, numa paz connosco próprios e com o mundo envolvente.